Hoje dormi duas horas e pouco seguidas
Que luxo. Senti me praticamente revigorada.
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Que luxo. Senti me praticamente revigorada.
Estamos numa média fofinha de três cocós e onze chichis por dia. Um Post de merda, eu sei, super interessante. Mas como mãe de primeira viagem, já passei uma boa fatia de tempo a ver fotos de cocó no amigo Google. Já fomos batizados os dois, chichi e cocó a meio da mudança da fralda para cima dos dois. Até para cima dele próprio. A pilinha implica uma gestão que não estava habituada, uma desatenção, sono, ou um pequeno a espernear implicam molhar a roupinha e a roupa do berço. Só vos digo isto, se não fosse a minha santa mãe que é sempre ela que me lava a roupa dele desde que ele nasceu, a criança andava enrolada em papel higiénico.
"o teu filho é muito bonito"
O teu filho.
E eu fiquei ali uns cinco minutos parada a absorver as palavras. Li novamente a mensagem, era mesmo para mim. O meu filho. Eu tenho um filho. O dia passa num ápice. Entre as rotinas e os mimos, e o olhar para ele a fotografar mentalmente as expressões nem páro para processar a informação. Fiz uma Pessoa. Há um pequeno ser que depende de mim para viver. E isto tem partes iguais de entusiasmo, paixão, amor, encantamento, responsabilidade e medo. É para sempre. Espero está à altura da tarefa. Espero ser uma mãe para ele como a minha mãe é para mim. Tenho tanta sorte.
A nossa sociedade tem várias obsessões. Uma delas é o frio. Outra são os maus hábitos de bebés. A primeira manhã em casa foi muito agitada. Passamos de um bebé calmo e que dormia bem, para um bebé com alturas do dia que não queria ser pousado no berço, precisava de colo para dormir e com algumas cólicas, só no colo conseguia libertar os gases e acalmar as dores, sendo que a maior parte do dia era calmo e até acordado ficava bem no berço.
"Olha que ele habitua-se assim, não pode ser."
Eu pedi conselho? Tenho para mim que respondi com educação a uma pergunta sobre o quotidiano dele.
Não vou estar preocupada com isso agora. Tem oito dias, só tem instinto. Se quer colo é porque precisa de colo e eu vou dar. Que raio de mania. Oito dias, o bebé tinha oito dias. Mal sabe que está cá fora e não dentro de mim, já fazem do bebé um mafioso cheio de manhas e truques. Tive que dizer isto várias vezes. As pessoas saberão a diferença entre um recém nascido e um bebé?! Se ele chorou com cólicas e quer colo, não há sequer questão, não vou submete-lo a chorar novamente para meu conforto na altura em que a maioria do tempo deve estar a dormir. É que se arrogam de especialistas e oferecem conselhos sem pararnum segundo para pensar. Pensar que o bebé não tem rotina, não teve dois dias iguais porque não teve tempo para isso, que somos pais há meia dúzia de horas, que só queremos o melhor para eles e que estamos a aprender. Preocupem-se com os próprios maus hábitos, o sal, os enchidos, a carne, os doces, isso tranquilo, são capazes de racionalizar os próprios maus hábitos. Agora um bebé de oito dias precisar do colo da mãe é já para tratar. Não é um bebé de catálogo, que dorme sozinho desde o primeiro dia, mama com pega perfeita, não chora e está sempre tranquilo, é um bebé real, e ainda bem, tá,bem não tem uma mãe de catálogo, perfeita e cheia de certezas. Trata-se de rotinas dessas depois dos dois meses, já li sobre o assunto e não faltam peritos com esta opinião.
Confirma-se o que já achava. Não tenho paciência para pessoas helicóptero e meterem-se demais na minha vida.
Bebé de Junho, temperaturas nunca inferiores a 21 graus desde que nasceu. Literatura fornecida pela maternidade a avisar que os bebés têm o mesmo calor que nós e não o mito que lhes foi incutido há 30 anos, e que só devem ter mais uma camada que nós quando a dormir ou passear na rua. Já vomito o conselho do frio. Bem dizia a enfermeira que não há um bebé em Portugal que passe frio. E se fosse Novembro? Ou estivéssemos na Islândia ou Alaska?! Cada vez que me dizem, cuidado com o frio, volto a relembrar para ler novamente a informação fornecida por PROFISSIONAIS. Cúmulo, a minha sogra não dormiu com medo que o menino tivesse frio. Lá a ver, não sou eu que tenho de ter cuidado com outrem, muito menos nesta fase, são as pessoas que têm de gerir as suas neuroses e ansiedades evitando passar-me um atestado de incompetência parental. É o meu primeiro filho, as minhas ansiedades, dúvidas e incertezas bastam-me. Acho que só ficavam satisfeitas se vissem assim a criança.
E ainda é algo inacreditável para mim. Ainda é estranho dizer, é meu filho. Ainda não consegui interiorizar a profundidade do que aconteceu, da minha vida, do meu pequeno que depende de mim para tudo. Estou imensamente feliz, com muito medo, sinto o peso da responsabilidade e estou apaixonada por esta pequena criaturinha que se tornou imediatamente na prioridade máxima da minha vida, da nossa vida. Os dias são passados nas rotinas necessárias e no mimo, não menos necessário do que o leite e o sono. Muitas vezes dorme no meu colo e penso que ainda há pouco estava dentro da minha pele, fazia parte de mim, faz ainda parte de mim, de novas formas. Não raras vezes devíamos dormir, ou descansar e fazemo-lo por turnos, e ao invés disso estamos apaixonados e embevecidos a olhar para ele, a namorar cada expressão, os pezinhos, as mãozinhas. Correu tudo bem, é saudável, é lindo e é um amor, a cada minuto estou grata, é uma bênção.
E às vezes dos "solicitados". Estão a fazer X? O que deviam fazer é claramente é Y, pois está claro. Toda a gente sabe isso e toda a gente sabe que sempre foi assim, mesmo que tenhas acabado de dizer que no curso de preparação para o parto te disseram para fazer o X. Mesmo que o Y esteja em claro desuso há mais de uma década e seja completamente desaconselhado por pediatras. Válido para profissionais que também gostam de se contradizer uns aos outros. Bem disse a enfermeira dos cuidados ao recém nascido: cuidado com os enfermeiros. Apanhei uma burra duma enfermeira que não sabia o que era um swaddle, uma especialista que olhou para aquilo como se estivesse a "prender o menino": ele não gosta de estar preso. Olha lá ó mastodonte, essa tua avaliação após 5 segundos de conhecer o meu filho vale merda para mim, aliás menos porque o cocó dele tem um peso importante na nossa rotina. Não falei, mas o olhar e expressão disseram volumes, e o enfermeiro ao lado tomou a rédea da conversa e percebeu que trouxe um empecilho à consulta. O pai tem de agir como moderador de terceiros, o melhor conselho do curso, ele tem feito isto quase na perfeição.
É prematuro, podereis dizer vós. Afinal de contas nem um mês levo disto. Sou uma miúda que aprende rápido e desvendei rapidamente os segredos. Bom, cá está. Tanto estamos no topo do mundo, é fácil e intuitivo, ficamos cheios de orgulho em nós próprias, uma calma plenitude; como cinco minutos depois não percebemos nada, o desespero ataca, duvidamos de tudo, achamos que já estragámos o puto, Googlamos que nem malucos.
Venho hoje aqui de fugida para vos contar que estou a transbordar de felicidade! Estou a viver o amor da minha vida. A felicidade é sempre mais real quando partilhada. O meu pequeno está cá fora, é lindo e estou apaixonada. Apaixonada por cada biquinho, carinha, expressão. Apaixonada por ele, por nós, pelo pai que ele é, por quem é para mim, por quem foi durante a gravidez e pela nossa entreajuda nesta primeira fase de conhecimento, pela relação que temos, pelo amor que lhe temos os dois, pela família e pelo apoio que dão, pelos amigos e a partilha da felicidade. Somos uma família e é tão bom. Entre cocós e xixi cá virei partilhar umas coisas com vocês. Mal tenha tempo volto para vos responder, e a vocês que cá vão passando mesmo sem cá vir, o meu obrigada, às vezes esqueço que há gente desse lado. Prontos para lerem aventuras de pais recentes e humor de cocó?
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mau demais para ser verdade n é?
oláMuito obrigada e bem vinda:)bom, tem agora 4 an...
Bom dia 😊. Ao procurar opiniões sobre a Yammi depa...
https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT93565, ...
Partilho do mesmo sentimento; a primeira vez que a...