Do mundo
Uma e outra vez, a história repete-se. Não se planeia, ignora-se, ignora-se muito, até uma imagem chocar e indignar todos. Toda a gente fala. Toda a gente é charlie, depois, o quotidiano instala-se até à próxima vaga de indignação geral e solidariedade provocada. A culpa invade-nos, porque estivemos preocupados com uma qualquer futilidade, enquanto outros, com pior sorte de localização geográfica lutam pelas condições básicas. Tantos outros, não só estes. Individualmente, o que se ajuda é sempre muito pouco, irrisório.
As perguntas ficam por fazer, a quem servem estas guerras, há quanto tempo, quem os arma, há tantos porquês. Antes do horror partilhado à exaustão, quantos passaram pelo mesmo.
Não haverá petróleo que motive os salvadores de pátrias alheias para acabar com esse conflito? Terão eles ajudado com os "salvamentos" anteriores a isto acontecer?
No nosso país felizmente não temos situações tão graves, mas temos muitas situações graves que merecem ajuda que entretanto apareceu agora para este caso, e que teria de aparecer por ser exigida pelo resto dos países, é claro por ser urgente. Uma reflexão profunda com contornos políticos para outro dia.