O comentário que se transformou em post
Sou uma firme crente de que uma mulher depois de experenciar um desgosto amoroso muda de penteado e faz franjas.
Após anos de observação empírica digo, com confiança de 95% que, 99% das franjas são a manifestação capilar de um desgosto amoroso. É um tiro no escuro, tanto fica muito bem, como ficamos com aquele ar de miúda que ainda devia estar a saltar ao elástico nos intervalos. E depois há o arrependimento imediato por causa do trabalho extra, que nem pensem em não usar a prancha ou secador todos os dias, esticam a franja movidas pelo ódio ao gajo que levou às tesouradas frenéticas da cabeleireira. Retiramos deste estudo, como é óbvio, as franjas regulares, aquelas mulheres que são efectivamente fãs do penteado e recorrem a ele com frequência. Estamos aqui a falar daquela franja espontânea, que não fazemos desde o penteado Beatriz Costa imposto pela maioria das mães durante a escola primária.
Já fiz testes, claro, que isto do método científico não se brinca. Já fui falar com uma amiga com quem não falava há algum tempo e por actualização de foto vi a marota da franja e acertei em cheio no desgosto amoroso. Quando vejo uma franja imagino logo o sofrimento debaixo da frente pilosa e ofereço logo um like no facebook, porque essa pessoa precisa de conforto.