Será que tenho mesmo de vacinar o meu filho, uma vez que há muitas crianças vacinadas e assim o meu filho também fica protegido?
Todas as crianças devem ser vacinadas nas idades recomendadas desde que não tenham uma verdadeira contraindicação (o que será determinada pelo médico assistente). Qualquer criança não vacinada permanece suscetível às doenças e suas complicações (que podem ser muito graves e não se consegue prever em quem surgirão – o facto de ser uma criança saudável não significa que não vai ter complicações), por não ter imunidade natural (uma vez que não teve a doença) ou adquirida (pela vacinação). Para a maioria das doenças do PNV, o seu controlo depende da manutenção de uma proporção elevada de pessoas vacinadas. Neste sentido, a recusa individual da vacinação compromete o interesse coletivo, uma vez que uma criança não vacinada por opção dos pais, se adoecer, pode contagiar outras crianças não vacinadas por contraindicação médica comprovada ou por ainda não terem idade para ter iniciado ou completado a vacinação.
Se o seu filho adoecer e tiver de recorrer a um serviço de saúde, deve avisar imediatamente os profissionais de saúde que a criança não recebeu todas ou algumas das vacinas recomendadas para a sua idade, uma vez que é necessário nestes casos considerar que a criança pode ter uma doença evitável pela vacinação
Se aparecer na escola alguma criança com uma doença evitável pela vacinação, o seu filho terá de cumprir um período de afastamento da escola e doutras atividades de grupo até haver a certeza que não contraiu a doença e não a irá disseminar. Esse período varia conforme a doença (que pode ser de dias ou semanas).
Se o seu filho viajar, deve ter presente que muitas das doenças que estão controladas no nosso país ainda circulam noutros países, como por exemplo o sarampo, pelo que o seu filho não estará protegido. Para além de adoecer, pode trazer de novo a doença para Portugal quando regressar e contagiar outras crianças não vacinadas.
in DGS