Só quero uma coisa. Quer dizer quero muitas. Mas se só tiver direito a uma fico satisfeita, eternamente agradecida, e preenchida só com isso que me foi negado este ano. Este ano deu muita perspectiva sobre muita coisa. Fiquei surpreendida com a minha força perante algumas situações e finalmente consegui crescer qualquer coisa. Assimilei muita coisa e fiz as pazes tanto com coisas antigas como com o que me aconteceu particularmente. Ainda sou obstinada, intempestiva, determinada mas já me consigo distanciar e medir o esforço, e já consegui deixar de travar lutas que não eram minhas. É um dos meus problemas, lidar muito mal com injustiças e puxar para mim lutas que não são minhas e prejudicar-me por outros que incitam e depois se escondem para ficarem de bem com toda a gente. E depois eu é que sou chata e conflituosa. Parei de o ser e ainda discutiram comigo depois disso porque não ajudei e não resolvi disputas que não eram minhas, estavam muito mal habituados. Fechei o ano calma, resolvida e a voltar a afirmar isto, contem comigo para dizer que sim, mas não contem comigo novamente para começar, organizar e me queimar pelo bem de todos. Essa nervosinha está em hibernação, se não a tiverem matado de vez, que é o mais certo, porque não me fez bem fisicamente tantos anos disso. Neste ano já deixei de aceitar coisas simples, eu não faço nada que não gostava que me fizessem, ou pelo menos tento. É altura de olhar por mim e pelos meus. Venha 2016, estou pronta. Desejo o dobro que me desejam a mim, sinceramente. Que o melhor de 2015 seja o pior de 2016. Que vos traga o que desejam.
Vi este texto da Maria, e lembrei-me do meu tormento anual.
Detesto passas, abomino passas. Detesto o aspecto, o sabor e principalmente a textura.
Bleccc! Mas insisto. Não é lá muito inteligente pois não? Insisto no ritual, filada nos desejos que posso pedir. Que em retrospetiva não têm acontecido, mas pronto lá tento todos os anos. O que me acontece é que detesto tanto as passas que todos os anos me engasgo com elas. Está tudo a brindar e eu num canto quase a tossir um pulmão a cada passa. Até que me engasgo e quase vomito. Que bela maneira de iniciar o ano não é? O glamour dos brilhos e lantejoulas, dos vestidos e eu a chamar o gregório num canto... A ver se é este ano que largo as tradições e passo as passas.
Que é o que interessa. Porque a única coisa boa do ano é que está a acabar.
O blog foi uma das coisas boas do meu ano. O sapo é um fófinho que só ele, já me destacou alguns posts. E logo eu que só digo disparates enervadinhos. Conheci muitos blogs porreiros, pessoas que leio diariamente e não passo sem isso. 227 posts, xinapá que a mulher enerva-se muito, 500 e tal comentários, nunca pensei que isto acontecesse, sois uns fófis aí desse lado.
Gosto muito da plataforma e da interação que promove. Mudei o template do blog, e agora tenho um header todo bonitinho. Tenho página de facebook, twitter e bloglovin, fui convidada para escrever uns textos no site Baixa. Vão lá espreitar que está muito fixe.
Para 2016 só quero saudinha, para mim e para os meus, que tem faltado, e conseguir os planos que a vida me impossibilitou este ano.
Não há mesmo coincidências. Vi um episódio do How I Met Your Mother, quando ainda era bom, sobre a passagem de ano. E hoje, nos destaques do sapo está um texto fabuloso sobre a passagem de ano que espelha a minha opinião também É a maior mentira do ano. Caiem sobre essa noite expectativas irreais, e é apenas mais uma noite.
É o tópico da semana, impossível de contornar.
Já tive passagens de ano brutais, já as tive normais e um ou dois fails também. Já estive numa festa que iria ser espectacular, bilhetes difíceis de arranjar, e acabamos por ter de vir embora porque estava a ser a maior seca. Os primeiros 10 anos que passei a passagem de ano fora de casa, adolescência e início de vida adulta eram momentos muito aguardados, planeados, agora nem por isso.
É uma noite normal, jantar com amigos, e um "pezinho de dança". Já as vivi de quase todas as formas, a primeira vez que não passei com os meus pais foi no ano do primeiro Big Brother no início deste século, deixaram-me, finalmente, passar com amigos. Desde então, já passei em casa de amigos, em casa de amigos mas fora da cidade, implicando ficar lá a dormir, em caminha mas também em saco cama no chão noutras ocasiões. Já fui para festas mais formais, e nada formais, em restaurantes, e depois para outra festa, já jantei com os meus pais e depois fui para uma qualquer festa em discotecas ou bares. Já passei a meia-noite com uns amigos, e depois fui ter com outros a um bar, para não falhar a ninguém e ter a festa calma com amigos já com filhos e depois a costumeira bebedeira de passagem de ano. Já estive numa festa onde o anfitrião ficou estupidamente bêbado antes da meia noite, e o chegou, cedo, e até ajudou à cena de meter o rapaz na cama, e viemos embora ainda cedo, uma e tal, cortou a diversão a toda a gente. E não, não éramos adolescentes, o que só piora a história. A única coisa que nunca fiz, mas também não quero mesmo fazer é passar a meia-noite na rua, não me lixem, estar na rua em romaria para mim chama-se S. João no quentinho do verão.
Já não vejo quase ninguém excitado com a passagem de ano, toda a gente se queixa do mesmo, acabam por chegar a um compromisso com os amigos mais próximos do que fazer, como se não fazer nada fosse uma grande blasfémia. É muito difícil dizer que não se quer fazer nada, q pressão social está demasiado instalada. Podemos ter muitos amigos e mesmo assim não apetecer uma grande ramboia. Vê-se a expressão na cara de quem contamos que não queremos planos nem festas, que a festa é a dois. Soa a triste mas não é, estou a passar mais uma noite com a pessoa que escolhi passar todos os meus dias. Nem sempre pensei assim, nunca quis passar assim a passagem de ano, mas a vontade mudou há uns dois anos. É preciso desmitificar a passagem de ano. Pode gostar-se muito do ritual mas querer uma coisa tranquila, para variar.
Em todo o caso, há alguns anos que não ligo especialmente à passagem de ano e não faço planos. Aliás a reserva do jantar de amigos do ano passado foi feita à hora de almoço do dia 31, quase corria mal. O ano passado não me apetecia mesmo nada sair, a pressão social acabou por levar a melhor e fui só jantar e foi bastante divertido, porque com amigos a tendência é a diversão.
Este ano continuo sem vontade de ir a lado nenhum, são multidões com preços exagerados em todo o lado. Talvez seja o primeiro ano que a passe só com o meu namorado. Nunca o fiz e é o que apetece, a minha casa, os meus programas.
A única coisa que gostava de fazer era viajar na passagem de ano! É a única coisa que me falta fazer. Como gostava de passar a passagem de ano num sítio com neve, em Nova York, é esse o meu sonho.
Chamem-me velha, saudosista ou respingona, o natal já não é o que era. Não recebi uma única caixa de chocolates. Ainda não comi um único ferrero rocher. Vou fazer uma birra do tamanho do mundo se não como nada disto até à passagem de ano. Apetecia-me algo. Qué feito do Ambrósio?
... estive no shopping a perder anos de vida nas últimas compras de Natal e já vou meter-me na mesma inquietação para aproveitar os saldos. Estamos mesmo formatados pelo consumismo.
Se podia não ir aos saldos? Poder, podia, mas não era a mesma coisa. Quero roupa pelo menor preço possível, por isso shoppings, me aguardem.
Partilho do mesmo sentimento; a primeira vez que a...
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