Relativamente às cesarianas e seu efeito na evolução humana
Há o estudo "científico" que o sugere, deram-se ao trabalho de publicar algo sobre um procedimento que previne a mortalidade no parto e a mortalidade infantil. Há opiniões, discute-se o facto seriamente. O Mick Jagger tem um filho agora, aos 73 anos, com uma mulher de 29 anos, 17 anos mais nova que a sua filha mais velha e isso é rock and roll e é fixe. Quanto a outro assunto que me anda a assolar a ideia é que um estado norte americano vai publicar uma lei que proíbe o aborto após as 6 semanas, em qualquer caso. A mãe pode morrer, azar, são pro vida, mas só do embrião, a mãe que está viva que se Foda. Como de todas as gravidezes fossem segurança que vai dali nascer um bebé, quem me dera que assim fosse. Mas um embrião de 7 semanas tem mais direitos que a mãe, que foi vítima de crime ou que vai ter de fazer a decisão mais difícil da vida dela e optar pela própria vida ao invés da esperança de outra. E atenção que acho que tem de haver limite, e o limite das 10 semanas têm lógica, é um embrião, não tem sistema nervoso central, e dá tempo para a mulher saber que está grávida, ponderar a sua decisão e se dirigir a uma consulta. Legislação e religião não se devem nunca mas nunca misturar, a não ser para garantir liberdade religiosa. A religião está de forma inerente presa a dogmas que foram criados num dado contexto sócio cultural de há milhares de anos. É precisamente o que criticamos ao médio oriente e a lei sharia, e fazemos precisamente o mesmo. A lei tem de se adaptar à ciência e conhecimento. A Lei das 6 semanas foi promovida por um gajo com historial de violência doméstica, claro que nunca foi acusado, é um político, mas a mulher ligou para a emergência mais do que uma vez. Giro não é? Se não fosse triste. Os pro-vida são muito preocupados com a condição humana, mas só antes de nascer basicamente. Se já nasceste problema teu, se estás viva e foste violada, azarito. Não são pro vida, são pro parto que é muito diferente. São pro insistir no mundo segundo os seus moralismos públicos, porque na sua vida privada a maior parte desses hipócritas têm outros standards. Não conseguem conceber que toda e qualquer contracepção é falível e que as mulheres não podem tomar todas a pílula, que como foi apontado recentemente e até rejeitado para homens a contracepção hormonal tem efeitos adversos bem pesados. Não, o que é giro é mesmo fazer juízos de valor, do alto do seu fundamentalismo religioso, não conseguem ver o melhor das pessoas (passa-lhes o cristianismo rápido) e assumem o que quiserem. Negam taxas, a interrupção voluntária está a diminuir e há poucas recorrências, mas o argumento é que é tudo inconsequente e abusam porque se pode. Alguns pro vida (como se não fossemos todos pro vida), ou melhor os pro parto mudam de conversa depois da criança cá fora. Depois do parto, azar: fome, pobreza, contracepção educação, segurança, saúde, azar, faz-te ao caminho que o estado não tem nada a ver com isso.