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Nervoso Miudinho

blog humorístico (esperemos) sobre tudo e mais frequentemente sobre nada

17
Fev17

Despedida do companheiro de 10 anos

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Com calma, foi o meu carrinho. A primeira grande compra sozinha. O início da minha independência. Três anos após a compra do meu carro lá ia viver sozinha. Como gente grande, o tipo que ainda finjo ser. Um papel que ainda me é desconfortável. A compra fez-se no ano passado, e pareceu irreal até à chegada da viatura. Um qasqhai lindo de morrer com uma data de coisas, entre as quais câmara 360, e jantes 18, que me colocam numa posição de condução que adoro, porque me sinto grande e um tecto panorâmico que é o meu elemento favorito. A cor, bem antes que me falem em cinzento, o carro fica horroroso em cinzento, tira-lhe brilho, na minha modesta opinião, e depois façam o exercício de contar quantos carros num estacionamento são cinzentos. A cor não é comum e é fantástica. 

17
Fev17

Viver devagar

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Ao fim de semana temos tido a oportunidade de aproveitar bem os dias. Almoços com a família, sábado e domingo, para ser com a família de ambos. Passeios pelo Porto e pela praia, comer croissants hipercaloricos de pequeno almoço. Jantares com amigos, com primos e lanches com outros grupos de amigos, e outras vezes petiscos a dois, almoços tardios ou lanches reforçados a dois, dependendo do ponto de vista. Quanto a locais, Tascö para jantares com grupos grandes, a Sandeira do Porto na baixa - um clássico para umas sandes deliciosas e apanhar sol; Casa d'Oro, na marginal a ver o rio na esplanada porque o sol permitiu, mas as salas interiores também são acolhedoras; Mercearia do Miguel na foz, com umas bruschettas fabulosas; francesinhas e Pulcini em Leça para comida italiana e tiramisu de banana. Nos dias de chuva, lareira e filmes. No último conseguimos um equilíbrio bom entre tarefas domésticas, montar móveis e aproveitar os convívios. Amanhã o dia será para formação contínua, mas o domingo está em aberto, ainda não sei o que trará.

15
Fev17

Encomenda para nervosinha

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Estava eu de pijama e tocam à campainha. Encomenda. Toquei para abrir enquanto fazia contas de cabeça. Que encomendei eu? No estado em que está o meu cérebro hoje em dia, era bem possível ter esquecido, agora esqueço-me até de palavras. Lá pensava eu, que encomendei e já não me lembrava, se estivesse à espera de sair hoje tinha-me vestido e penteado, raios. Até pensei que ele me tivesse mandado comida. Juro que pensei. Estava com fome no momento, ainda não tinha lanchado. Chega o senhor ao meu andar, e entrega-me um ramo de flores com um cartão. E caiu a ficha. E a vergonha. Que ficou o homem a pensar, ele todo romântico e a gaja despenteada e de pijama. Fui-me vestir, claro. Há maior cliché no dia dos namorados? Não sei. Foi um cliché e eu AMEI. Foi de facto uma surpresa porque ele nunca me tinha dado flores neste dia e não tínhamos planos nenhuns. E o gesto foi lindo porque eu ia passar o dia a vegetar no sofá. 

14
Fev17

Dia dos namorados

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Acho que já festejámos. Tenho quase a certeza. O que chamar a um dia destes em que adormeci no sofá antes dele chegar de trabalhar e acordei com ele na cozinha a acabar de cozinhar lagosta para mim? Lagosta em manteiga, com batata, espargos,  cogumelos e salada. Se isso não é festejar o amor com uma surpresa, o que é? 

Foi mais ou menos isto com as alterações que ele fez. 

butter-poached-lobster-with-asparagus-and-new-pota

 

14
Fev17

Fogo que arde sem se ver

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Amor é fogo que arde sem se ver. Dizia Camões, quiçá no dia dos namorados, que amor é um fogo que arde sem se ver. Eu acho que ele andava com uma azia épica, ao mesmo tempo que andava apaixonado por alguém. Confundiu os dois. Normal. Fogo que arde sem se ver é mas é uma pirose que às vezes não há medicamento que alivia. Sugiro deitar para o lado esquerdo com uma almofada mais alta.  

13
Fev17

Também quero falar do turismo no Porto

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Eu sou do Porto, nascida e criada. Adoro a minha cidade. Se me incomodam trinta turistas por metro quadrado? Sim, bastante. Se me incomoda a abertura de trinta restaurantes por noite? Sim, um pouco. A gentrificação também me incomoda um pouco. Mas a cidade está viva. Outros estão a ver o que eu amo de paixão. O Porto está no mapa do Mundo, como não estava há muito. Claro que traz problemas. O crescimento tem de ser sustentado, e cuidadoso, este boom pode estagnar e descer um pouco. Rui Moreira está a começar a adereçar alguns problemas, os tuc tuc, os veículos de turismo, espero que se foque também na proliferação de hotéis, hostels e air bnb. Não quero um Porto igual a Lisboa, ou Madrid, standard. Quanto ao resto da questões são um bocadinho falsas. Eu vivi na Rua de Santa Catarina há mais de vinte anos atrás. E já nessa altura os moradores da baixa estavam em declínio, há mais de vinte anos. Aliás há agora muito mais gente a viver na baixa do que havia nessa altura. Conheco vários casais da minha idade que estão a viver na baixa. Adorava viver em Santa Catarina, recordo com nostalgia, a primeira vez que recordo ver granizo estava à janela a ver a rua. Foi um período mágico da minha vida. A casa era enorme, tinha duas entradas, o piso era todo nosso, duas salas de estar, uma terceira  que convertemos no quarto principal com talvez trinta metros quadrados, um quarto onde estava a máquina singer de costura, e tinha um pé direito altíssimo. A base da máquina ainda existe, é o apoio da mesa octogonal de mármore que está no pátio. A sala de estar, sem televisão e com um gira discos, era onde me sentava muitas vezes com uma boneca. Eu e o meu irmão ficamos num quarto num beliche porque éramos pequenitos. O Natal era um período especialmente bonito de ver pela minha janela, o São João também, mas todas as tardes a luz me fascinava e gostava de ver as pessoas a passar na rua, do tamanho de formigas. Brincava na Igreja da Batalha, ia para o jardim dos Aliados, dava milho às pombas, ia a feira dos pássaros e fazia as compras no pingo doce de 31 de janeiro. A roupa comprava-se na zara, no marques Soares, que ficavam a uns metros. Aliás, tudo ficava a uns metros, a conga, o Pedro dos frangos, o sítio da codorniz que não me lembro o nome, a loja dos bonsais que lá ficava ao lado. No fim do dia subir a 31 de janeiro era um suplício, ia eu e o meu irmão atracados à minha mãe, que coitada, ainda tinha de nos puxar no final de um dia de trabalho. As ruas eram desertas e feias à noite. Não tinha impacto porque éramos pequenos e as noites eram passadas em casa. A cidade era cinzenta. A baixa tinha poucos inquilinos, os preços eram altos, e não havia muito à venda, a maior parte eram alugueres, com rendas altíssimas. A vontade de ter uma casa própria térrea com jardim obrigou à mudança, uma nova subida de renda e a teimosia em não vender ditaram a saída do Porto, nós e muitos mais. Uma mudança sentida, que durante anos não foi bem aceite por ninguém. Tirar-nos a baixa, foi tirar tudo. 

12
Fev17

Recorde

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Amanhã venho contar a minha experiência com a pulseira de actividade MI Band 2 da Xiaomi. Com cerca de 6 meses no meu pulso hoje foi um recorde absoluto de sono. O máximo, em dias muito, muito bons, tinha sido duas horas, e muito raramente, resultando até em dor de cabeça ao acordar. Já vos tinha dito por aqui, que tenho uma qualidade de sono muito mau, devido a uma combinação de factores, sinusite, rinite, sono leve e tendência para te responder o cérebro mais activo mal bato a cabeça na almofada. Os melhores textos que nunca escrevi faço-os na minha cabeça quando devia estar a dormir. Hoje, consegui mais de três horas. Para comparação, um colega dele tem a mesma pulseira que eu e todos os dias em 6 horas de sono, três são de sono profundo, todos os dias. 

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