Não é recente, e de vez em quando lá me lembro disto e tenho de ir ver. Ora, basicamente é difícil de perceber, têm de estar atentos porque a criança é novinha. É um miúdo a discutir com a própria mãe, Linda, que lhe deu uma palmada (pa-paw in the butt) porque ele tentou comer cupcakes para o jantar depois da mãe ter dito que não. Ainda se queixa que nesta casa não se pode mexer em nada, e que na casa da avó não é nada assim, que mexe em tudo à vontade.
Euromilhões? Raspadinhas? Concursos? Podia estar ainda a referir-me a outras coisas. Mas hoje quero contar outra coisa que aconteceu na minha agitada vida. Tirei as pecinhas que estavam a secar na varanda 7 minutos antes de começar o dilúvio tocado a vento de ontem à tarde. E estive a contemplar a chuva de caneca de chá quente na mão. A vida de adulto que me venderam era bem mais glamorosa.
O meu amor por torradas já foi extensivamente discutido por aqui. É amor incondicional. Sou muito esquisitinha - sim com torradas também - e detesto aquela torrada antiga que não é rectangular, e cujo pão é mais seco que as piadas do Nilton. A recordação mais antiga que tenho sobre torradas vem de quando aprendi a ler. Passava no autocarro na praça da República no Porto. Em letras garrafais: pingo doce. Ficava fascinada. Um belo dia disse à minha mae: eu quero ir ali beber um pingo com meia torrada. Riso da minha mãe, a menina das torradas, quer torradas. Na minha inocência pingo doce era uma mega pastelaria, então se o nome era pingo doce, como não servir pingos e meias torradas?!
Está a chegar. Nunca jantei fora neste dia, e vou continuar a não o fazer. Preços puxados e romantismo sincronizado não são para mim. Mas no mês do dia dos namorados, fazemos um jantar nosso. Receitas caprichadas, os dois na cozinha. Vieiras, beef wellington, algo diferente. Este ano numa loucura antecipei-me e comprei lingerie toda gira, daqueles especiais valentines feitos para nos irem à carteira. Uma vez não são vezes, e até me lembrou em investir neste departamento, quase 100 euros em compras. Estava eu a falar no soutien muito giro, por sinal. Experimento. Não me servem. Não fazem tamanho acima. Tudo certo. Uma pessoa vai contra a natureza (do contra) alinha na celebração colectiva do amor e não tem reforço positivo nenhum.
Relacionado com o Post anterior e com a onda de indignação gerada por uma afirmação mais do que lógica, leio está notícia. Há centenas destes casos. Há imensos países que foram confrontados comeste tipo de escândalos. Padres pedófilos, abuso de poder por parte de padres, encobrimento e impunidade dos padres na igreja católica. Tudo isso, OK, não há indignação contra a igreja, não lhes são retirados benefícios fiscais, pena de prisão nem vê-la. Continua a chamar se padres para discussões como interrupção voluntária da gravidez, eutanásia e sei bem mais o quê. Mas dizer que uma mulher casada não continuou virgem motiva ameaças de morte. Tudo certo.
Uma freira espanhola, num programa de televisão, colocou em causa a virgindade de Maria. Afirmou que José e Maria era um casal (casado) normal. De alguma forma isto foi um choque tremendo e causou indignação generalizada. Tanta que foi advertida publicamente pelo bispo, há petição para ser deposta e sofreu várias ameaças de morte. Mas então não eram os muçulmanos que eram radicais?
A Beyonce anunciou gravidez de gémeos no seu instagram. Sou seguidora por isso vi "em directo". E logo a seguir os reposts todos, paródias e afins. Devo dizer-vos que é o anúncio mais parolo que já vi. E já vi milhares. Não sei o que é pior. Se a coroa de flores ao estilo funeral. Se a expressão dela. Se o véu verde garrafa. Se a pose. Se tudo. Eu sei que as hormonas não facilitam. A felicidade enebria. Compreendo. Que o Jay Z não tem grande moral, mas podia ter-lhe dito que se calhar não estava lá muito bonito. Que o estado de graça não é desculpa para tudo.
Partilho do mesmo sentimento; a primeira vez que a...
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