Uma das coisas que me esqueci de referir no post das cólicas foi a descoberta deste tipo de biberões. Comprei um biberão dr. Brown's e é o preferido dele, não só pela redução do ar como pelo formato da tetina, não colapsa quando está a mamar, como os restantes. Tem um sistema que reduz o ar que os bebés ingerem ao mamar, aquilo verde que podem ver na imagem. Resulta mesmo, até pelo som conseguem perceber que está a ingerir menos ar. Outras marcas oferecem este sistema como janè e tommee tippee.
Lojas de puericultura com corredores onde não passa o carrinho de bebé. Corredores onde passaria o carrinho mas estão cheios de produtos em exposição no caminho.
A meio da noite ele acorda. Eu tinha acabado de amamentar e estava com ele no colo, os bebés demoram vinte minutos a entrar em sono profundo e como estava agitado tinha mesmo de esperar até o pousar no berço. Ele acorda e diz-me:
- qual queres?
- hã?
- qual queres?
- Estás maluco de sono
- qual queres de almofada?
E levanta-se para me oferecer a almofada que tem debaixo da cabeça.
- eu já estou encostada, essa é tua, dorme.
Aterrou em segundos.
Explicando. Ele às vezes coloca-me uma almofada enquanto amamento para esperar os tais vinte minutos para o sono profundo. Maluquinho de sono mas com o subconsciente sempre preocupado connosco. Oferece sempre que acorda para ficar com ele, ou tentar adormecer em vez de mamar. Normalmente troca-lhe uma fralda enquanto vou beber água. Acabou por ser uma noite chata, com ele a mamar de duas em duas horas, acordei quatro vezes, quando ia adormecer mais uma vez, fez cocó, o que implica uma troca de fralda mais elaborada e despertou completamente. Dia duro, o de hoje.
Ele teve cólicas com três dias de vida. Pois. Começa aos quinze dias e vai até aos três meses, habitualmente. Calhou de o meu filho ser um einstein das cólicas. Era cedo para dar colimil, que só deve administrar-se aos 28 dias. Importa realçar que todos os bebés são diferentes e que isto resultou para nós. Tão depressa começaram como desapareceram, mesmo nas três semanas de cólicas era só algumas vezes por semana e uma horita. Mas uma hora de choro é mais que suficiente para nos destruir. Física e emocionalmente, porque estamos cansados e porque ele está desconfortável e com dor. E não há nada pior que saber que o pequeno tem dor.
Ao terceiro dia lá estávamos no Cmin na consulta da amamentação para pedir ajuda e ajudaram a corrigir a posição dele e minha.
O que fizemos? De tudo, porque ele até fazia cocós (na maior parte dos dias), o problema eram mesmo gases.E fizemos a figura de pegar no miúdo para andar de carro às duas da manhã por duas vezes. Resultou lindamente, passava a ombreira da porta e recomeçava o choro. O puto é inteligente e sabe que o treme treme parou. Então comecei a beber chá de funcho, limitei os lacticínios (Lasanha do continente é para esquecer mesmo), e comecei a tomar probioticos. Tummy time nos nossos joelhos antes de amamentar, verificar que a pega é boa e que arrota bem. Muita massagem, exercícios e almofada de cereais morna na barriga dele. Nos exercícios mais do que as bicicletas, o movimento mais importante na minha opinião é levar o cotovelo ao joelho contrário. Passado uma a duas horas disto era certinho fazer cocó. Pouco passou do mês e tomou o colimil e começou a ser um espevitado, mexia tanto as pernas que fazia a bicicleta sozinho, só tínhamos de fazer massagem e o outro. Também há probioticos para bebé, o biogaia, mas não tivemos necessidade de experimentar. Disto tudo ou da maturação do sistema digestivo, muito antes dos dois meses despedimo-nos, sem saudade, das cólicas, espero eu (rezo eu), para sempre.
Naqueles primeiros quinze dias fui muito zelosa dele, poucas visitas, pouco tempo, entre outros. Sem problemas ou arrependimentos, faria novamente. Numa das situações que contarei depois não me respeitaram a privacidade e dei-lhe sinal. Ele foi dar a mensagem. A pessoa ficou amuada. Para mim foi igual ao litro, na vez seguinte fui eu que tive de verbalizar. Ele pediu desculpa por não ter reparado e não me ter protegido. Aliás, conselho do curso de preparação para o parto: o pai como moderador de visitas e protector da mãe e bebé. Diz-me a minha mãe, ah e tal tem cuidado, olha que as pessoas ficam chateadas. Gargalhei. Mas com vontade mesmo. Então, eu é que tenho de ter cuidado com sentimentos alheios? Que grande piada. Eu, depois de tudo o que me aconteceu, primeiro filho, mãe há uns dias, hormonas no máximo, privação de sono, novas responsabilidades, habituação a um novo papel, já disse hormonas no máximo? Eu é que tenho de dar um desconto às pessoas? Eu é que tenho que ceder, ou permitir o que não quero? Ahahahhahah
Episódio fresquinho. Ontem às 10 da noite o miúdo queria conversa. Sono zero. Estava cheio de energia, conversador, dava às pernas, mais exercício do que eu fiz desde que ele nasceu. Não adiantava tentar adormecer. Esteve no berço e nada, continuava. Pousarmos no nosso meio, para nos ver aos dois enquanto gastava aquele acesso de energia. Consegui vê-lo a adormecer gradualmente enquanto o bebé continuava a palrar e a fazer bolinhas de saliva, virou-se para mim e ia agarrando ou tentando agarrar a minha cara. Adormece e com uma gargalhada do bebé acorda.
Partilhei aqui a minha fantasia. É uma fantasia relativamente simples. Ou assim parece. Gostava de dormir oito horas. O universo ouviu. Dormi oito horas. Em dois dias. O universo tem um sentido de humor engraçado.Depois conto.
Partilhei com vocês as minhas noites com ele. Neste caso, passou a ser: as minhas noites com eles. Se o homem já era cómico quando podia dormir à vontade e sem responsabilidades podem imaginar como tem sido agora que dormimos pouco e com sono partido. Não faltam episódios hilariantes para vos contar. Contarei sem nenhuma ordem em específico de quando se passaram. Estava a dormir e acordo, o bebé nem tinha feito barulho e estava a dormir no seu berço. Olho para o lado. Ele está sentado na cama. Vejo movimento e acho que está acordado. Não está. Está a dormir e a embalar o ar com os braços.
Era suposto ser novidade? Já falo nisto há anos e anos. A depois de ti mais nada é uma cópia integral. É que só deve é ter faltado a coragem para o processo, porque esta rábula do Bruno Nogueira tem oito anos. Oito anos. Lá se vai o dinheiro do Tony e a qualidade dos chinós, se bem que entretanto já deve ser implante.
Partilho do mesmo sentimento; a primeira vez que a...
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