Devagar, devagarinho a coisa vai-se compondo
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eu estava cansada em junho. Agora nem sequer tenho definição para o que estou. Mas sei que não sei parar e não paro até ter tudo completo, limpo, lavado e arrumado.
estava cansada quando ele foi para fora em junho e eu fiquei sozinha com o pequeno e fiz segunda visita à casa, procurei uma opinião profissional e dei sinal. Depois o bebé esteve doente, tivemos de tratar do processo de compra, fomos de “ferias”, e durante as mesmas mais complicações à distância, um internamento de familiar, depois eu sozinha com o pequeno e ele a trabalhar, a escritura, o início das obras, uma pequena cirurgia, um falecimento de familiar, as mudanças. Quando achei que já não aguentava mais lá vinha mais qualquer coisa para tratar. Já ultrapassei tantos tectos de cansaço que o meu pé direito já deve ser um arranha céus.
Só estou de pé por hábito. Talvez nem sequer saiba me atirar para a cama ou sofá. Consegui dar um mês para obras e mudar-me sem uma única obra completamente concluída. Não me lixem, conseguir que cumpram prazos e façam tudinho é que é grande filme. fala-se da função pública mas esses picam o ponto e a grande maioria tem trabalho fixo diário, não se pode ir embora com as coisas a meio.
e ter um bebé pequeno. Foi uma belíssima ideia. Esta no nosso top mesmo. Está a ser um estouro. Para as minhas costas, para as minhas alergias, para a minha alma, para o meu estômago,para a conta bancária, para a paciência, ...
o adulto não sabe lidar com a frustração de não receber o tipo de cumprimento que quer, que está habituado, o que quer que seja que meteu na cabeça. Mas a criança tem que ultrapassar a fase em que está, o medo, a ansiedade que tem? O que está mal neste cenário? O adulto não saberá racionalizar que a criança precisa do seu tempo para se habituar, que é próprio, que não é nenhum ataque pessoal, mesmo avós sabem perfeitamente que a afeição não está em causa, que cada criança tem a seu timing, por favor.
Não estamos a falar de crianças de 10 anos com maior noção de socialização e outra maturidade. estamos a falar de 2/3/4/5 anos.
Estas não polémicas só existem na cabeça de quem se recusa a pensar no que está a fazer, por tradição e se recusa a aprender e respeitar a diferença. Há anos e anos que respeito crianças. Sou a primeira a liberta-las da ‘obrigação’ de me cumprimentarem. Filhos de família ou amigos, cujos pai dizem, vai dar um beijinho a: respondo logo não tens de dar, deixa estar e a criança escolhe se me dá um beijinho ou nao.
Fui uma criança qque não gostava de cumprimentar. Odiava cumprimentar estranhos e abominava cumprimentar seja quem fosse que me desse beijos repenicados, me agarrasse a cara e me enchesse de cuspo. Tenho memória de antes da primária e durante de arranjar desculpas para não o fazer. Meter-me na casa de banho para evitar visitas, passar a correr e mesmo meter-me debaixo de mesas recusando-me a sair. Esta impressão seguiu-me anos. Durante a adolescência nem amigos cumprimentava de beijo, fazia disso brincadeira e toda a gente já o sabia. Talvez por isso não faça o mesmo a nenhuma criança. Quem me conhece são os pais e não são obrigados a virem dar-me beijos. Tanto queremos ensinar para se ter cuidados com estranhos, e depois olha ali um estranho, chama-se x, vai lá abraçar e dar beijo. Nao. Têm mais do que tempo para estas normas sociais.
Somos um país beijoqueiro e que lhe custa respeitar a diferença. Não vejo polémica nenhuma em não se obrigar uma criança a cumprimentar. Aliás pensem: obrigar. Está tudo dito.
Ja tenho um filho e nunca o obriguei a ir a colo de ninguém. Ele se quiser pede e vai, já o fez . Não é um charro para ser passado de pessoa em pessoa.
Ha um meio termo entre as crianças serem bonecos sem direitos e estas coisas new age em que não se diz nunca que não ao rebento.
e ali derreti-me. continuo derretida no meu quarto, naquele momento. repito-o várias vezes por dia na minha memória. tantos bons dias em que tinha a certeza da felicidade dele no sorriso de resposta. até que a resposta se materializou. já tinha ensaiado o bom dia, já o tinha dito ao pai mais direitinho. No fim de semana, acordámos os três. Ele acordou e disse: não há leão, estaria a sonhar? não sei. o pai diz-lhe bom dia. ele diz: bô dia papá. Ficámos em êxtase, rimo-nos os dois, e ele percebeu e deu uma gargalhada sonora. Disse umas frases imperceptíveis para nós. O pai repete bom dia bebé, eu digo bom dia meu amor e ele diz bô dia mamã, ri-se. rimo-nos novamente, dizemos bons dias os dois, e ele volta a dizer agora seguido: bô dia mamã, bô dia mamã. E logo a seguir pede para ver bonecos. Foi mágico, digo-vos. Cresceu perante os meus olhos, de repente tenho um menino e não um bebé. Acordámos tarde, e ele pediu para ver os bonecos ao domingo de manhã. O cliché é mesmo verdade, o tempo passa mesmo rápido. 15 meses tão bons.
aconselho vivamente a leitura do artigo do expresso dada a desinformação que há. ou se calhar há desinformação porque se quer.
Ponto 1:
a mulher prostituta é condenada. O homem que recorre à prostituta é louvado. Gostava de entender a dualidade.
Ponto 2:
Porquê só agora? Tanto a queixa não foi só agora como ele contratou advogados na altura que conseguiram um acordo antes de chegar a tribunal. Ela foi sujeita a kit de violação e foi positivo. Ele contratou detectives para a seguir, o que é abjecto e ameaçador.
Se se questionam o porquê anos depois é porque não leram nada de sobreviventes destes crimes. Quando foram os meninos da casa pia, ninguém os condenou pela denúncia tardia e foram justamente ouvidos e o caso foi a tribunal anos depois. Outra dualidade que se baseia no género.
Ponto 3:
Ela aceitou dinheiro porquê? É uma aproveitadora que foi atrás disso, e se recebeu dinheiro perdeu a credibilidade e a razão, é porque não lhe custou tanto. Viremos novamente o bico ao prego. Se ele era inocente porque aceitou pagar? Se ele era inocente porque não deixou o caso ir a tribunal? Se ele era inocente porque admitiu que ela lhe pediu para parar? Se ele era inocente porque contratou detectives?
Ponto 4:
a primeira preocupação que vejo são as falsas acusações. se uma mulher se põe a jeito para ser violada porque um homem não se põe a jeito para ser acusado de violar? se os homens estão tão preocupados em se por a jeito para ser acusados porque não tomam passos para evitar isso? Como obter consentimento inequívoco, evitar beber, não ter sexo com mulheres bêbadas por exemplo?
de repente eu tomo dez cuidados para evitar ser violada: evitar andar sozinha à noite, beber demais, ir com a chave pronta, não deixar a minha bebida sozinha, colocar chaves de casa na mão como arma para estar preparada, entre outras.
está o artigo completo na tribuna expresso, em português. Escrito por ele: ela disse que não e pára várias vezes. Se ela foi para o quarto, se era prostituta, se aceitou sexo vaginal, tudo irrelevante, não queria mais e não queria sexo anal e ele forçou-a. Da minha parte acaba-se a minha admiração por ele.
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mau demais para ser verdade n é?
oláMuito obrigada e bem vinda:)bom, tem agora 4 an...
Bom dia 😊. Ao procurar opiniões sobre a Yammi depa...
https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT93565, ...
Partilho do mesmo sentimento; a primeira vez que a...