estou a gostar muito das novidades que os dois anos trouxeram. Ele é muito falador e já temos imensas mini conversas seja nas viagens de carro ou em qualquer lado. Conta o que vê, o que se passou na minha ausência e faz queixas de quem lhe ralhou ou se caiu, ou o que lhe deram ( adoro, vou tentar estimular o máximo). Também nos diz o que lhe apetece comer: bolacha pequena, grande, iogolino, leite, água, arroz, pão, arroz, massa, o que nos facilita imenso a vida. Pergunta pelas pessoas das quais sente falta e pede para ir ter com elas, fofo que não se aguenta. Anda a conjugar verbos e acho mais piada quando conjuga de forma errada. É uma evolução enorme. Ontem diz a mamã pirrou, mamã pirrate (espirrou). Hoje o passarinho tá a voar, o passarinho voou. Mamã faz isso, mama fazete isso. De rir, e no nível de português de muita influencer, por isso não estamos nada mal.
Usa o mamã para tudo e tem tanto de hilariante como de autoritário. Mamã onde tá a bola, mamã procura bola. Mamã onde tá tu? Quando está chateado e o estamos a obrigar a qualque coisa : mudar fralda, vestir, diz: mama não sejas isso. E tem vários tons: oh mamã, ó mamã... aprendeu o olha e agora é de rir: 23 horas e luta de sono: ooooolha a camisa ( encontrou uma t shirt na mesinha de cabeceira).
E a maneira fofa de dizer “a mamã da um beijinho” quando se magoa e vem ter comigo para o beijinho e darmos ta-tau ao chão?
pequeno bebé já não é bebé e já fez uns xixis e uns cocós na sanita com redutor, não gostou do pote. Nada com pressa ou pressão mas vamos ensinando porque mesmo na sanita ainda não é grande fã, avisa um pouco em cima da hora que : está a fazer um xixi rande ( é a coisa mais fofa ou diz gande ou rande). Então deixamos que vá até à casa de banho para estimular a ida à sanita.
Onde se faz xixi? É na sanita responde prontamente. A mamã faz com a pila.
Pois claro, ele tem, viu a do pai na casa de banho a fazer xixi, para ele toda a gente tem. Digo: a mamã não tem. Responde rápido: é o papá que tem pila.
O meu filho não está na creche. Os benefícios superam astronomicamente as pequenas dificuldades que vão surgindo. Como ter de meter férias quando há imprevistos dos avós. Como a falta de rigidez nos horários que interfere um bocado no já difícil sono. Sempre fiquei na expectativa com a interação com outros miúdos. Ate agora nao houve problema, gosta muito e integra-se bem, mesmo quando lhe tiravam coisas das mãos, ele soube sempre reagir. Convive muito com as primas mais velhas, e quando vamos a actividades e com os filhos de amigas que são sempre um pouco mais velhos. Nas duas últimas vezes com o menino com mais ano e meio com quem sempre se deu muito bem e que estava a passar por aquela fase de egoísmo, que lhe dizia é meu, não lhe tirava bruscamente ou empurrava . O pai do miúdo sempre muito atento aproveitou sempre para o educar na partilha e aproveitou quando quis algo do meu filho para lhe mostrar que também queria algo dos outros meninos e tinha de partilhar. Foi no início do dia e correu tudo muito bem, brincaram muito, deram as mãos no caminho espontaneamente e tudo. Continuaram a dar-se bem, o meu filho falou no amigo e ainda fala que quer ir para a praia e brincar com ele. Chegou o primeiro fim de semana em que tal não aconteceu. No sábado fomos a uma festa com um miúdo de três anos e tal que era um bocado, vá, selvagem, e cuja mãe se demitiu do seu papel. Arrancava tudo da mão de todos, adultos e crianças que não conhecia, à força, e dizia que os brinquedos que eram da anfitriã eram dele. A mãe zero palavras quanto a isto, ao ponto da miúda anfitriã com 6 anos se passar e lhe gritar: tu não sabes brincar, dizes que é tudo teu e não deixas ninguém brincar com nada. Mãe novamente zero. Este pequeno selvagem era tão bruto que atropelou o meu filho que nos diz: o menino deu uma cabeçada no cabelo do Kiki. Nós como pais, ficamos calmos mas com uma bruta de vontade de lhe enfiar um cachaço muito merecido. O meu filho que passou o dia a dizer que queria ir à festa brincar com os meninos, só brincou com a anfitriã de 6 anos e tínhamos festa no dia seguinte também: disse logo que não queria ir à festa nem brincar com os meninos. O meu filho também não tem a plena noção de filas e propriedade, não é nenhum génio, nenhum cidadão exemplar de dois anos, no entanto não empurra meninos com maldade nem lhes arranca nada à bruta das mãos e até se afasta quando os vê a vir afoitos para as coisas. O meu filho de momento (e eu sei que são fases mas terei de o educar na altura) é que está correto, ele está bem mas tenho de arranjar maneira de lhe dar ferramentas para saber agir nestes momentos, porque não estando em creche não está habituado a estas situações e quando são normais só lhe fazem bem. E acabou por no dia seguinte ter um momento normalissimo de irem todos para um escorrega e haver aquela fase desajeitada de quererem subir três miúdos ao mesmo tempo e ele não quis andar mais e quis ir brincar com lápis de colorir, acabou por fazer uma birra a seguir (como eu gosto dos terrible twos) e demorar a querer brincar novamente com os meninos e até chamar os nomes dos meninos como é de seu costume. É uma situação nova que tenho de aprender a gerir e a lhe dar ferramentas para saber lidar também.
Partilho do mesmo sentimento; a primeira vez que a...
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