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Nervoso Miudinho

blog humorístico (esperemos) sobre tudo e mais frequentemente sobre nada

06
Ago20

sou um bom rapaz?

nervosomiudinho.blogs.sapo.pt
Tive vergonha alheia da letra desta música. Se o bom rapaz tem mais de 10 anos é mas é um malandro, e um oportunista que trata a mãe como empregada. Isto explica tanto da nossa sociedade...
 
 
Sou um tipo muito atado
Ando mal habituado a fazer só o que quero
Tenho tudo, nunca espero, a mamã é uma querida
Lava a roupa, dá comida, faz de mim um incapaz
Mas eu sou um bom rapaz (eu acho que sou, eu acho que sou)
Bom rapaz
Hm, apesar de ter escolha, não saio da minha bolha
'Tou tranquilo, 'tou tão bem, ao colo da minha mãe
Que eu adoro, que me adora, que me liga de hora a hora
Porque eu sou um incapaz
Mas eu sou um bom rapaz (acho que sou, eu acho que sou)
Bom rapaz
Juro
Acho que eu já sou capaz
De fazer o que a mãe faz
Mas é perfeito assim, a mamã faz por mim
Tudo o que eu deixo pra trás
Como se eu fosse um incapaz
Yep
Bom rapaz (bom rapaz, bom rapaz)
Bom rapaz
Quando esbanjo o meu dinheiro, ela parte o mealheiro
Sou o filho adorado, não quer ver-me atrapalhado
Saio à rua, ela faz figas, liga aflita p'rás amigas
Porque eu sou um incapaz
Mas eu sou um bom rapaz (eu acho que sou)
Bom rapaz
Ela, deixa-me a roupa dobrada pra eu vestir de madrugada
E prepara-me a marmita com um iogurte e uma barrita
Para o meio da manhã, eu me lembrar da mamã
Que alimenta o incapaz
Mas eu sou um bom rapaz
Bom rapaz
Acho que já eu sou capaz (acho que eu já sou capaz)
De fazer o que a mãe faz (de fazer o que a mãe faz)
Mas é perfeito assim, a mamã faz por mim
Tudo o que eu deixo pra trás (tudo o que eu deixo)
Como se eu fosse um incapaz
Bom rapaz (bom rapaz, bom rapaz)
Bom rapaz (bom rapaz)
Bom rapaz (bom rapaz)
Bom rapaz
 
 
 
03
Ago20

três anos do melhor do mundo

nervosomiudinho.blogs.sapo.pt

Os clichés são-no na maior parte das vezes porque são tão comuns. Passou rápido, no entanto com alturas em que os dias passaram devagar como a #$%##% da quarentena e desta pandemia que me turva os pensamentos.

O meu bebé é um menino. E que menino! Feliz, refilão, beijoqueiro que só ele, tagarela como sempre, refilão, teimoso, meigo, energético e esquisitinho com a comida. É o melhor, o mais bonito, o mais exigente ahahah. De tudo o que é, o que mais me orgulha é que é um menino muito feliz, que continua a adorar dançar, tenha ou não música, gosta de cantar, chama-nos para dançarmos a qualquer hora do dia. É muito inteligente, e fala com uma cadência impressionante, conta a história toda do seu dia, e quando quer algo literalmente não se cala, fazendo resumos a cada passo, embora estejamos todos lá. Deixou as fraldas de noite e de dia à quarta ou quinta tentativa, já se mostrava pronto e no ano passado quase deixou mas ganhou medo à sanita porque o redutor se mexeu, ainda em janeiro quase conseguimos mas em março foi de vez. Não acredito em forçar as crianças e acredito em lhes respeitar os timings. Agora gosta de desporto e de jogar futebol, diz coisas como: espera um minuto que tenho de fazer uma coisa e já vou ter contigo para brincar. Quer falar com pessoas sem nós, dizendo que quer estar a sós, como no air bnb, com a dona, de máscara, ele de máscara e lhe esteve a contar a sua manhã e como queria ir para a piscina, sem vergonha e sem medo, connosco a espreitar pela porta de vidro. (tanto de orgulho como de medo com o à vontade com estranhos).

 

Sou muito grata , por o ter, por a nossa família ser esta, a ele por ser o menino lindo que é.

A quarentena foi especialmente difícil, porque eu trabalhei e dormi à parte pelo risco até ao máximo que pude, mas vi que o afectava e tripliquei os cuidados a trabalhar para poder dar-lhe afecto à vontade. Tivemos medo que regredisse, que perdesse competências pelo afastamento, que não o soubessemos nutrir de tudo na ausência de família e mundo, lá fomos comprando brinquedos educativos e fazendo mesas sensoriais, e dando bolachas porque por estar em casa perdeu todo o interesse por telemóvel e tv no primeiro mes de quarentena. Aliás ainda temos bastantes cuidados e praticamos distância. Regrediu na comida, com o relaxar de medidas e os avós fazerem quarentena precisou de variar para voltar a comer variedade, mas continuamos com a mesma dificuldade que surgiu com os 12 meses, damos três passos em frente, dois atrás, quatro em frente, cinco atrás, mas lá continuamos a oferecer de tudo e a ter doses cavalares de paciência. Tanto come arroz de favas, como só aceita arroz branco uma semana... Temos grandes cuidados na alimentação, nunca bebeu senão água ou leite, nunca comeu rebuçados nem chupas, nunca comeu salsichas nem grandes porcarias, a regra é quando tem de ser processado a rotina é sem açúcar adicionado. Gosta de batata frita (quem não?) e até ao mês passado achava que o mc donalds servia só torradas e capuccinos, agora sabe que lá servem batata frita. O ovo kinder gigante da páscoa durou um mês, gosta de bolachas de pepitas de chocolate, comeu um brigadeiro no aniversário dele, gosta de bolachas de manteiga e tudo o que vir com aspecto de chocolate pede para provar, é a única coisa que pede e não resiste a tentativas que prove, tudo o resto é um filme para que experimente. O mesmo com o sono, diz-nos que não gosta de dormir, que não precisa e que quer acordar, e que de olhos fechados não vê nada e quer ver tudo. Tooooodos os dias me quer mexer nos olhos para dormir, e lá vão quase dois anos a dizer para que não o faça, quer dormir fazendo de mim almofada, e lá melhora qualquer coisa. 

Dá-me tantos beijos que até fico sem jeito e me custe horrores, lá lhe tenho de pedir para parar, normalmente porque já é tarde. Até me vem dar beijos na perna quando estamos a brincar, dizendo espera que quero dar um beijinho na perna. Diz-me vezes sem conta que sou bonita e que gosta muito de mim, diz que tenho uns olhos muito bonitos (mas são de um castanho banal), nota a roupa que visto e tem preferências, já me disse que tinha de ir cortar o cabelo e à minha sogra que tinha de fazer a barba das pernas (LOL). Quando está especialmente feliz comigo e é amor sem graxa diz-me: tu és uma gatinha, e lá lhe digo de volta e estamos um par de horas a tratar-nos por gatinhos (é o animal que gosta mais, de cães não acha piada porque ladram e ainda continua sem gostar de barulho - que não seja ele a fazer). É muito meigo especialmente connosco, mas verbaliza a toda a gente que gosta muito delas; avós, prima e tios. É mesmo um miúdo amoroso e cativante. Gosta muito de línguas, apanhou um vídeo de alfabeto em grego e repete à exaustão, inventa palavras novas e já gosta de brincar ao faz de conta. 

Tem um feitio que temos de trabalhar, fica chateado se perde, ou se está frustrado e já diz: tenho de aprender a perder e a ganhar, não se bate, responde imenso, e rebate tudo o que se lhe diz: tu é que não respondes a mim, é mal educação dizer que não e ralhar a mim. Ao mesmo tempo é muito educado, somos uma família que gosta de por favor, obrigada, de nada, e desculpa e sempre incentivou, a novidade é o desculpa e o por favor. Repete vezes sem conta obrigado até dizerem de nada e quando não dizem avisa -  "diz assim: de nada".  Durante dias repetia desculpa mamã, e depois lá perguntava é preciso desculpa? Quando quer alguma coisa dá graxa e faz uma voz e cara característica, faz festinhas e tudo; e usa elogio, és muito linda para vir brincar, ou se não deres bolacha dói-me a barriga, se não damos "rosna" avisando que está com cara de chateado porque está muito zangado connosco e às vezes ensaia a vir dar palmada, embora comigo não o faça. É um miúdo de brincadeiras físicas e de correr e saltar e também adora aprender até coisas que é cedo demais, mas é ele que pede, como o alfabeto que desenha até ao G, são poucas as letras que não sabe escrever, mas não parte de nós, até pensámos que tinha desaprendido, porque só voltou a pedir a meio de abril. As contradições próprias de quem pode ser tudo o que quiser e tem o mundo todo para explorar. 

Espero estar à altura dele, e pelo menos estamos resolvidos a tentar ser o melhor que podemos e sabemos para que se torne uma pessoa boa, porque bom coração tem <3. 

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