Daquela vez que queríamos ver star wars, que ele adora trinta vezes mais do que eu. Diz ele confiante e poderoso. Desta vez não adormeço. Vou tomar um café duplo. Marcha para a nespresso e lá vai ele. O que acontece é que eu vejo todos os filmes duas vezes. Ainda dizem que sou impaciente. Ele adormece ali passados uns vinte minutos, meia hora. Seja em que posição for. Da última vez que estávamos a ver outro filme, adormeceu, deitou-se no sofá, e com a sua distinta lata, passados vinte minutos de estar a dormir, pega no comando e tira o som à TV. Acorda, cedissimo ainda, e eu estava a contar qualquer coisa importante do meu trabalho que tinha acabado de saber. Ainda me diz: shhhhhh, estás a gritar, não fales por favor. Que grande lata, parte dois. Enfim, voltando aquela vez do star wars. Entra triunfante na sala, com o seu café. O filme começa.... Diz ele: estou completamente disperto, desta vez vou ver até ao fim. No fim do filme.. Acorda e diz:, ui nós não vimos nada. Nós quem? Eu gostei muito. Tu... Em mais três vezes sozinho és capaz de chegar ao fim do filme. Esta vida em comum às vezes é uma solidão. Ahahah
Comprámos cebola frita. Andávamos a ver novidades no supermercado do El corte inglês e por uma obra do acaso encontrámos a tal cebola frita numa prateleira perto da zona dos frescos, ao lado do tomate seco. Onde ele arrumou em casa? No frigorífico, claro.
Ele não tem um blog. Portanto só vos conto as minhas peripécias que lhe agastam a paciência se eu quiser. Muahahahha. Tanto quanto vocês sabem eu sou uma fada do lar prendadísssima... Só que não. Sou pessoa atabalhoada. Bato contra as coisas. Sou a rainha de fazer as receitas à minha maneira, mudo sempre alguma coisa, simplifico que nem é bom. Há uns meses estávamos os dois a cozinhar na yämmi. Criei o hábito de poupar, fazer receitas simultaneamente para poupar energia. Estava a fazer sopa no copo, e legumes ou peixe ao vapor na bandeja.
Apressadinha e dada à experimentação como sou, inventei. E que tal tal triturar a sopa com a bandeja acoplada? Na minha ideia ia poupar tempo e ser prática... Pois. Só mesmo na minha cabeça. Saltou sopa por todo o lado. Paredes, bancada, yämmi. Ele nem disse nada. Toca de passarmos vinte minutos a limpar a minha asneira. (enquanto eu me ria da minha própria estupidez)
E hoje ele não acerta uma. Já lhe expliquei centenas de vezes em quatro anos. No ano da graça de 2016 encontro tostas suecas no frigorífico. É isso mesmo. Tostas suecas. Guarda lá o pão, as tortilhas, tudo vai parar ao frigorífico.
Não fui eu.
É isso, fui eu que comi tostas suecas ontem e as guardei no frio?
vamos comer salmão?
Pode ser.
So há uma embalagem.
Ainda no domingo, no continente, te disse que tínhamos duas.
Só temos uma!
Temos duas.
Só temos uma, quando gastamos? Tenho ideia de ter gasto, só vejo uma.
Estava literalmente na frente dele e directamente atrás da primeira embalagem que retirou.
Ora, querido meu companheiro de vida, decidiu acordar-me às 6 da madrugada para me dar recados, que ia correr e não queria ir com chaves, que estivesse atenta para lhe abrir a porta. Já estava desperta com o barulho, mas achei que fosse hora de levantar. Com calma. Sou pessoa que dorme mal. Ele sabe melhor que ninguém. Não são raros os dias só com meia hora de sono profundo. Se acordei com isto, logo a seguir ouço que são seis e corrida e fiquei a modos que cega. Balbuciei coisas, só me lembro de um desaparece. Das duas uma, amor ainda está a correr a esta hora ou percebeu a mensagem. Acho fofo que ao fim de quatro anos de vida em comum numa casa ele atente assim contra o próprio bem estar. Só vos digo isto assim naquela de ficar registado, no caso de reincidência, os detectives vão chamar isto de motivo.
Nada como um casamento para uma boa e velha discussão doméstica.
Um casamento, evento, ou o que seja para despertar em mim a raiva latente que tenho ao outro género. Inveja do pénis, chamem-lhe o que quiserem. Nestas alturas dava um rim para ser homem. É uma despreocupação. E mesmo assim falham como as notas de cem. Não há paciência.
Ter um evento e ser homem é:
- usar o mesmo fato que já usou 19 vezes e mesmo assim levá-lo à lavandaria mesmo à queima e pedir encarecidamente para estar pronto no dia anterior;
- não ter o carro na desgraça habitual, em que dá para desenhar na sujidade exterior e evitar o aroma rústico interior.
No dia: acordar e tomar banho!
Pá são três passos, três míseros passinhos. E mesmo assim, consegue falhar a marcação de lavagem de carro e o carro estar a lavar até 45 minutos antes do evento, e lhe faltar o banho E vestir-se.
Foda-se, não é uma logística complicada, ou é? Digam-me se estiver errada, se isto é como fusão nuclear a frio.
Ser mulher e invariavelmente dama de honor é ter uma cor específica de vestido, comprar, mandar fazer, reciclar caso por uma sorte das alminhas haja um dessa cor no armário, depilação, sapatos, acessórios, cabelo, unhas, maquilhagem.
No dia: cabelo e maquilhagem. Para as sobredotadas que o conseguem fazer sozinhas, os meus parabéns. Já não estou em fase disso. Apenas a maquilhagem e se já tiver tido as minhas férias, ui, rápido e simples, se estiver em modo lula cansada do trabalho com olheiras até ao pescoço, complica.
no final de um dia de trabalho daqueles, sem ter lanchado, cheia de fome, nunca vi semelhante afluência. Posso dizer-vos, vitoriosa que só discuti com ele 37 vezes, e só ponderei desistir quatro. Nem sei que comprei. Comi bolachas das que parecem esferovite na caixa, Já enlouquecido, mas com sabores, e tudo ficou bem, o sol voltou a brilhar.
Foi o mês do regresso à vida, aos amigos. Foi o regresso aos jantares, às saídas, aos jogos de tabuleiros entre amigos (a minha equipa ganhou no party & company e posso confessar-vos que fizemos batota numa das perguntas das marcas, eu e uma amiga, em nossa defesa houve outros que o fizeram, e a partir da suspeita da nossa batota escrevemos as marcas em vez de dizermos ao mesmo tempo e ganhámos na mesma com uma pergunta de marcas). Um long island ice tea, bebida que a-do-ro, num dos meus sítios preferidos, o La Bohème Entre Amis, uma surpresa de um mil folhas para ele, os nossos jantares de domingo à noite, em que vamos os dois para a cozinha inventar - camarões panados, batata doce, espargos e ovos escalfados regados a champanhe. Uns churros com nutella, um jantar a dois no Frida - Cocina Mestiza, comida mexicana acompanhada com a bela da Margarita
Um jantar num restaurante argentino recente no Porto, para quem gosta muito de carne, o Belos Aires, em que provei pela primeira vez polenta e gostei muito (não tirei fotografias porque me esqueci com a conversa, éramos 10, mas vou regressar lá em breve).
Partilho do mesmo sentimento; a primeira vez que a...
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