Gestão de expectativas
Tenho lido algumas coisas, e numa das aulas foram comparadas mães de 16 e mães de 40 pela similitude de reações. Dei por mim a concordar. Um bebé traz caos, não sei quem pode achar que não, só não tendo interagido com nenhuma criança é que se pode achar que as nossas rotinas não se alteram. Por mim falo, não estou à espera que seja fácil, nem simples, aliás o que assusta é mesmo a dependência total, o meu nível de cansaço, os eventuais problemas, as cólicas, os sonos, tudo. Nos primeiros quinze dias, um mês, achar que se vai ter tempo para hobbies, empregos, tarefas pendentes, consumismo e tantas coisas é apenas ingénuo. Se houver um tempinho e o bebé colaborar acho que a mãe deve investir um pouco em si, um banho e um cabelo tratado fazem milhões pela aparência e auto estima. Agora ver frustração nos primeiros quinze dias por "não conseguir tratar de nada, ou fazer outra coisa que não o bebé" é que me provoca uma certa urticária, não sei o que as pessoas estavam à espera. Quando se escolhe ter um bebé que depende de nós para tudo, e o mais importante é a alimentação que vem de dentro de nós e isso não tem nem deve ter horas - outro assunto importante: se tiver fome nem que seja passada meia hora é para se lhe dar leite e nem há que pensar duas vezes.