Gravidez: o que omitem no poster cor de rosa #2
Os enjoos matinais, para começo de conversa, matinais uma pinóia. AH, isso é no primeiro trimestre. Huhum. Tive náuseas, e vómitos da semana 6 à semana 24 em 90% dos dias. Uma vez mais, podia ter rentabilizado este dom e ter filmado as cenas do exorcista. O que me enjoou? TU-DO. Acordar, levantar, fome, enfartamento, odores maus, odores de que gostava como o cheirinho de cevada, os leites vegetais (que odisseia essa), tofu (nunca mais na minha vidinha experimento), carne por cozinhar, carne cozinhada, a comida propriamente dita, ou seja olhar para comida, dobrar-me, virar-me, comer uma garfada maior de comida: 1001 razões para vomitar, até sentia o estômago a comprimir para rejeitar a comida. O crescendo era: se calhar comia, tenho fome, estou varada de fome, não posso comer, estou enjoada, VÓMITO, isto no espaço de um minuto. Descobri que comer é um acto social, porque todos os dias sem falha vinha a náusea antes da hora do almoço, mas se por acaso tinha consulta e almoçava fora sentia-me muito bem. E segunda parte disto das náuseas/vómitos, com a progesterona a digestão fica mais lenta, portanto às vezes três a quatro horas depois da refeição, vomitava tudo direitinho, que grande imagem hein? Bom, vomitar era um exercício giro e tal, mas estou grávida, o bebé tem de crescer, por isso lá tinha de me obrigar a comer depois de cada brincadeira. Em nenhuma queima das fitas vi ou fiz semelhante. Esqueci-me da realidade pré gravidez, achei que ficaria assim para sempre, a sério, era demasiado. Até que acalmou, e a semana passada comi e algo não me soube bem, tive medo que algo estivesse estragado e me fizesse mal e tentei vomitar, a complicação que foi conseguir. O poder das hormonas é assustador.