Há um tipo especial de inferno reservado às pessoas
Que observam tudo o que fazes, ou que fazem perguntas até encontrarem qualquer coisa para que possam dizer: não podes fazer isso que se habituam. Se não houver, inventam. Como estarem a falar alto, e ele a dormir no carrinho, e tu, claro, estás a abanar o carrinho para que ele volte a dormir. É logo: não o podes habituar a dormir assim embalado senão depois só quer isso. Oh, façam me o favor de se ir encher de moscas. Estão mesmo à espera seja do que for para dizer que não podemos e estamos a fazer mal. Até se inventa quando não há. Já disse que não, li e está errado. Ah, eu tive três filhos, eu sei. Curioso, pessoas com três filhos não faltam, é só especialistas, nem sei porque há investigação, livros de profissionais, com tanto expert de trazer por casa. Mais giro, a pessoa em questão é homem, e quem tratou dos filhos foi a sogra, porque trabalhavam, sabe lá ele o que a sogra fazia para lhe adormecer os filhos. Na altura dele tinha direito ao dia do nascimento, não passou o primeiro mês na companhia dos filhos 24h/dia.No máximo é especialista nos três filhos dele, e convenhamos que lembra-se lá de há 30 anos, dos filhos com um mês, no máximo lembra-se dos filhos com meio ano, um ano. Acho que as pessoas da geração seguinte têm alguma dificuldade em aceitar que as pessoas que ajudaram a criar, estão, voila, criadas, que têm filhos próprios e que são responsáveis e autónomos. E que os anos oitenta não são modelo para nada, os cintos de segurança não eram obrigatórios nem atrás nem à frente, não havia cadeirinhas de transporte de bebés e crianças, era tudo em alcofas e uma travagem mandava a criança para o chão do veículo, e querem dizer-me para não o embalar?!