Hoje, na farmácia
A farmácia onde fui hoje tem sistema de tickets e 7 balcões. Acho um sistema muito bom, e pode ser que ajude a motivar as pessoas a esperarem longe da pessoa seguinte, um péssimo hábito dos portugueses que é o de se colarem a ouvir a história de desconhecidos, até no banco e na farmácia. Cheguei e tirei o ticket logo a seguir a uma senhora. Logo a seguir entrou um senhor e tirou o de prioridade. O senhor parecia ter défice cognitivo. A senhora que estava antes de mim foi logo tirar um ticket de prioridade. Reforço que não estava ninguém à frente dela, estava todos os balcões a atender mas não havia fila. O senhor que tirou o ticket, saiu da farmácia. Chamaram o ticket dele e não estava. Chamaram um da fila geral, e charam, confettis, fogo de artifício era da espertalhaça claramente normal, ela e o marido. Passaram perto de mim e deitei-lhes o meu olhar, eu vi tudo e vocês metem-me nojo. Chamaram outro ticket de prioridade que era da senhora que fez o triste espectáculo e já estava a ser atendida, e chamaram o meu. Passaram-se nem cinco minutos. Talvez um dia aqueles dois precisem mesmo da fila prioritária e venha outro como eles à frente. Acredito piamente no karma, pode não ser hoje nem este ano, mas espero que aquela senhora engula a esperteza saloia. Já vos disse que não gosto de pessoas. De espertalhaços tenho nojo.