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Nervoso Miudinho

blog humorístico (esperemos) sobre tudo e mais frequentemente sobre nada

04
Jan18

Olá 2018, olá pessoas

nervosomiudinho.blogs.sapo.pt

Muitas saudades minhas? Eu sei que não, mas uma pessoa pode sonhar. Como vos disse fiz uma pausa, mas uma pausa à séria, e não daquela da praxe em modo olhem para mim e peçam para eu continuar a escrever no Blog. Tive muito/pouco, interessante /desinteressante a dizer, o mesmo no fundo, é sempre subjectivo. O mais importante da minha vida, o meu filho. Continua a recuperar felizmente, os cuidados são mínimos mas ainda é uma preocupação naturalmente. Tenho a felicidade de ter o melhor filho do mundo que continua um fofo, e um esperto. A estadia no hospital acabou por lhe acelerar alguns desenvolvimentos, estragando o sono e a dependência de mim. Mas ele merece tudo e foi um herói, tudo o resto não interessa. Quanto a mim, suportei tudo e mantive a normalidade por ele e não cedi ao desespero. O espírito suportou, o corpo deu sinais. Borbulhas, erupções. Como consegui? Não sei. Sou uma pessoa muito forte. Não é auto elogio, acreditem. Não me traz nada de bom ser assim. As pessoas acabam por achar que não sinto, ou sou de ferro. Acabam por se dar a liberdades que não se dariam se eu desatasse a chorar ou me atirasse para um cama, ou me queixasse ou não mantivesse o sorriso e o sarcasmo. É-me muito mais fácil lutar, reclamar, ironizar, andar para a frente, pensar num próximo passo do que me vulnerabilizar e chorar, e me abater. Fui sempre assim. Com certeza pela minha história de vida, comecei a perder cedo e sempre encarei com a naturalidade possível. Eu sinto as coisas. Mas neste momento em particular se me fosse abaixo, vinha a casa comigo. E o meu pequeno não iria lidar com uma mãe em desespero, não lhe conseguiria fazer isso. Por isso me irritou recentemente a entrada em desespero total de família porque os mais velhos, nas casa dos noventa terem tido um episódio que nem foi nada, nem doença sequer e foi ali uma espiral que me levou a dar nas orelhas publicamente como nunca tinha feito. Problemas a sério, relativizem por favor. Não tenho avós há mais de década, uma nem conheci porque faleceu até com filhos por criar. E lá em minha casa, nos últimos três anos vamos agora para a quarta cirurgia: cancro próstata com radioterapia, prótese joelho, anca e agora cancro cordas vocais, isto antes dos 70 anos, e tem 100 kg, diabetes e dieta façam vocês, e agora numa altura em que não posso ajudar tanto, já na rádio não pude transportar porque estava grávida de risco, o que ainda pesa mais à minha mãe, que trabalha a tempo inteiro e tem os seus problemas de saúde agravados por cuidar de quem não cuida de si próprio. É assim, que eu sou frontal, racional, não deixo de gostar, não deixa de me custar, não deixo de ficar enternecida com ver como fica com o neto mas chateia-me. Bom, o natal foi muito bom, a criança foi um sucesso, bem disposto como só ele, palrar, rir, muitas prendinhas de tanta gente que me emocionou, uns avós babados de ambos os lados, aliás toda a família. Uma passagem de ano com os amigos de sempre, e o filho de uma amiga que é um safadito e bate imenso nas primas mas que adorou o meu filho, imensos, imensos beijinhos nele, chorava e ele corria para o meu filho para o consolar mesmo giro de se ver. E pronto, um balanço claramente positivo de 2017, com muita ansiedade, muitos pequenos problemas, mas com um bebé que superou todas e quaisquer expectativas, o bebé que me escolheu, e que culminou um processo que começou em 2014 e que valeu todas as dificuldades. 2017 teve muita coisa mas tenho que me esforçar para pensar porque 2017 é o meu filho, está marcado em nós, e foi um ano muito bom. 2018 por favor sê bondoso para nós. 

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