Sete meses
Mais um mês, mais um bolinho, com velinha (soprada por nós claro). Este mês passou a correr, ele teve febre pela primeira vez, que díficil foi, a primeira virose. Não há nada pior que ver um filho doente, mesmo não sendo nada grave. O inverno não perdoa, mesmo não estando na creche, acabou por apanhar, não sei como.
Continua um miúdo esperto, ou inteligente, como me dizem desconhecidos, acho piada a esta expressão. Cativa toda a gente, já está ao cuidado da avó e passa os dias felizes e entusiasma todos aqueles com quem convive, é muito social, palrador e bem disposto. Tenho que o tirar de casa pouco depois das sete, e se calha de acordar, abre logo o sorriso e vai a palrar pelo caminho.
Continua a usar a chupeta, morde, tira e volta a colocar, se está a brincar na cama e a encontra, pega e mete na boca. Um destes dias fez a coisa mais espectacular, estava a rodar na cama e caiu a chupeta, como estava a meio do movimento e tinha as mãos presas foi buscar a chupeta com a boca mesmo! E acertou direitinho!
Já tenta gatinhar, em modo minhoca, tão engraçado. Já faz umas pranchas jeitosas, e uma espécie de flexão, vai ficar todo fit. Alguém que fique. Tem energia a rodos, é impressionante, abana-se todo de contente, bate com as mãos na mesa a rir-se.
Descobriu os polegares, tem tanta destreza, é uma delícia de ver. Liga e desliga a mesa de actividades com os polegarzinhos, também explora a mama, o que não tem tanta piada, porque dói. Já tem o dentinho mesmo de fora e de vez em quando trinca-me, estou a tentar ensinar o não, e que aprenda rápido antes que me arranque o mamilo, já vai sabendo que não pode porque morde-me e fica a fitar-me. Usa os polegares para tudo, se lhe dermos comandos, de playstation ou wii fica a explorar e a carregar nos botões.
Chora sentido quando lhe tiramos o que quer, ou quando quer algo fora de alcance, ou seja, começamos a vislumbrar a bela da birra. Atira as coisas para o chão e fica a olhar para elas. A ansiedade da separação já começou o mês passado, não me posso chegar ao pé dele se não for para pegar nele, se virar costas depois de ir ao pé dele, chora desalmado.
Segue o meu dedo quando aponto para algo, e continua um curioso, quer tudo. Continua fascinado pelo cucu, e gosta de brincar. Pede para brincar e tem dias que fica super apaixonado pelo pai e pelas brincadeiras. O pai brinca e ele "foge" e esconde-se no meu colo, mas logo a seguir procura o pai para repetir. Um destes dias estava a experimentar a voz e as consoantes e o pai repetiu, como não entendeu o tom ou foi mais alto do que estava habituado, chorou como se lhe estivessem a ralhar, lindo, lindo, lindo.