Trago-vos hoje aqui o meu top pessoal quanto à boa vida, comer, beber e passear neste último ano.
Évora Ecork hotel
Foi a nossa escolha para férias de verão, ficámos num quarto bastante bonito e confortável com kitchenette, o que permitiu uma poupança, já que o hotel não é barato. Valeu muito a pena. Fomos para descansar e foi um bálsamo para a alma.
O diplomata
Abriu este ano e foi a grande descoberta. Faço com frequência panquecas em casa, por isso não havia como não experimentar este local. Com uma decoração diferente e despretensiosa, foi o jackpot do ano. As panquecas são absolutamente maravilhosas, com opções mais saudáveis ou mesmo para a desgraça. Foi destino de alguns lanches e pequenos almoços. A próxima ida será para o brunch que também servem.
Capa na baixa
O Capa Negra dispensa apresentações no Porto. Os rissois são o começo obrigatório de qualquer refeição, são divinais. Vão por mim, não conhecem o Porto sem os rissois do Capa negra (ou da império). Normalmente a opção vai para a francesinha, uma das minhas preferidas no Porto. Uma das lembranças mais antigas que tenho, por acaso, é de comer um mega cone de gelado (antes de ter idade para a francesinha). Abriram um espaço na baixa, na praça D João I e além do clássico no padrão alimentar, o espaço é muito agradável.
Grande Hotel do Porto
Um dos posts mais lidos deste ano foi o do brunch no Grande Hotel do Porto, várias pesquisas no amigo Google trouxeram cá leitores. Vou voltar a usufruir deste brunch em 2017. O espaço é lindíssimo, antigo e cheio de história, fica na rua de Santa Catarina, e serve um brunch acima da média por apenas 15 euros. Pratos quentes e frios, sushi, sobremesas, cereais, pão, animação e ambiente que convenceram.
Base
Os copos com amigos passaram muitas vezes por aqui. Ao ar livre e com vista para os clérigos, o base aconteceu este ano. Sempre lotado, e com uma boa onda. Foi o destino não só de copos nocturnos como de alguns domingos, aproveitando a relva do jardim das oliveiras para deitar e aproveitar o verão na cidade. Além do Bonaparte que abriu quase ao lado, este foi o destino eleito, por mim e meia cidade.
Berlim
Foi o destino escolhido deste ano para conhecermos. Uma cidade que constava em ambas as nossas listas, por imensos motivos, um dos fortes a história. Somos ambos consumidores de documentários históricos, com particular interesse nas grandes guerras, e Berlim esteve no epicentro das duas. É uma cidade fascinante, não está virada para o turismo embora tenha imensos turistas e imigrantes. Orgulha-se de não ser " bonita", está cheia de grafiti, e resiste à gentrificação. Tem muitos memoriais, e museus. Qualquer dia faço-vos um roteiro com fotos de jeito, aqui fica uma do museu que fica no subterrâneo do memorial do holocausto.
Comic con
Fomos à comic con novamente após a ida na primeira edição. Com o bónus de termos ido gratuitamente desta vez. Das duas vezes que fomos eu não estava em condições de saúde de lá ficar um dia inteiro, esse é um próximo objectivo. Notei o aumento considerável na adesão do público. No primeiro ano cruzei-me com Natalie Dormer, a Margaery de Game of Thrones, este ano estive no painel de Stewart de Big Bang Theory e cantamos todos soft kitty. É preciso tempo porque tudo implica filas. No entanto aproveitamos bastante e gostei muito, adoro ver o cosplay. Vi imensas Harley Quinn mas só duas de nalgas de fora, versão Suicide Squad deste ano. Vi muitos Storm troopers, vi um casal Joffrey e Danarerys muito engraçado porque eram ambos homens. Super homem, Batman, frodo, uma quantidade brutal de personagens anime que não reconheci. Vi três black riders com um cosplay brutal, só lhes faltava estar em cima dos nazgul (LOTR).
Miss Pavlova
Mais um ano com o fascínio pelas Pavlovas no Almada 13. Antes de o meu ano ter virado para cocó tinha pensado em ter uma pavlova como bolo de aniversário. Nem tive nenhum bolo, enfim. É óptimo e concerteza que me vai continuar a acompanhar em 2017.
Boulevard burger house
Esta também não foi uma descoberta deste ano mas ainda não conseguimos fazer uma visita com tempo, ao jantar. Todas as vezes que fomos foi ao almoço com tempo limitado. Navegar nas hamburgarias que abrem como cogumelos é difícil, este espaço tem uma ementa ao estilo diner americano, com uma decoração moderna e mais sofisticada. Será no próximo ano o jantar com tempo para explorar devidamente a ementa.
Para um jantar mais formal, grupo ou romântico, umas tapas de final de tarde a minha escolha vai para o Reitoria. Entre o ano passado e este já o fiz em todas as opções e continuarei em 2017. Para mais rápido e mais barato abriu o Reitoria no mercado bom sucesso, as focacias são tão boas...
Somos criaturas de hábito e de padrão. Gostamos de arrumar as coisas. E arrumamos o tempo em anos. Já me insurgi por aqui sobre isto. O que faz um ano mau? Um acontecimento muito mau? Problemas de saúde? De dinheiro? Insucesso na realização de objectivos? Bom, o meu ano foi o mais esquisito da minha vida. Teve momentos verdadeiramente dolorosos e outros que o pareceram mas que de momento estão resolvidos. Teve momentos muito felizes. Comecei o ano nas nuvens, com boas notícias. No fim de Fevereiro tive o maior soco no estômago da minha vida relacionado com a saúde. Comecei Março no bloco operatório, dilatação e curetagem, a perda que me pesou exponencialmente com o peso das duas perdas anteriores, passei o pior aniversário da minha vida. Chorei o dia todo, quanto mais me ligavam a dar parabéns mais eu chorava. Não festejei, não abri bolo, quis desaparecer como nunca. Seguiu-se cirurgia oncológica no núcleo duro, em casa. Cansaço da minha mãe, justificado e que me custa ver, problemas musculares que daí advém e as hérnias e coisas a darem trabalho. Mais um mês de exames para mim, de fisioterapia porque vários males não vêm só. Fomos escapar cá dentro, e percebi que há dias muito bons em períodos muito maus. Mais um teste ao nosso relacionamento que nos tornou ainda mais próximos, quando achava que estavamos o mais próximo possível. Tenho muita, muita sorte. No início de Maio fui voltando à vida, os amigos foram uma parte importante no processo, no ano, na minha vida. Fomos a Berlim, e fez maravilhas por cada um de nós, por nós enquanto casal e pelas amizades. Em Junho voltei à vida completamente, exames normais, o que é bom, mas não é um alívio, como vos fui dizendo por aqui. Sem uma doença não há um tratamento, há um protocolo, que faz uma diferença estatística de 2-3% no resultado. O trabalho continuou condicionado. Boas notícias em termos de reconhecimento externo, porque o interno como vos disse é inexistente vá-se lá saber porquê. Novos projectos. Nova cirurgia no núcleo duro, lá em casa. Novo esforço hercúleo da minha mãe. Novo diagnóstico, margem da cirurgia oncológica positiva, e tratamento, radiação e mais esforço de multiplicação da minha mãe que trabalha 45 horas (na verdade 50) e acompanha, trata, dá força a todos, e não se queixa. Tem uma força, resiliência, atitude sem exemplo, nunca vi semelhante, desde sempre, a vida tirou-lhe a mãe aos vinte, e não pôde parar para respirar desde então. Reconhecimento dos vizinhos, que gabam a mim e ao meu irmão, que lá estamos sempre, a levar e trazer de tratamentos, o meu irmão saiu incólume do ano, mas dois períodos de férias dele foram completamente sacrificados a cuidar. Pelo meio o susto com a otite da minha cadela, que me levou ao veterinário 17 vezes em mês e meio, novo susto quando ela fugiu e andei horas desesperada atras dela e a gaja acha que estamos a brincar e ainda corre, pelos vistos ainda sprinto, mudo de velocidade e aguento vários minutos disto. O ano acaba com uma amizade nova caída do céu, ou do santo padroeiro sapo, que eu nunca pensei possível, que nem sei se mereço. Passei por vários momentos de isolamento, a bem da minha sanidade mental, precisei de me afastar para me encontrar e para lidar com tudo, confesso que conviver com grávidas e bebés foi muito difícil durante algum tempo. Acabo o ano com muitas boas notícias, apesar da ida à urgência que me tirou o chão e me provocou um susto monumental. Estou com uma sensação de alívio, com esperança, positiva em relação a tudo. Aceitei tudo o que se passou, não me vitimizo nem dramatizo, mas que foi muito, isso foi, espero melhor sempre. Estou grata por ter conseguido lidar com tudo, pela minha família, pelos meus amigos, por tudo o que tenho de bom que não sofreu. Que hoje seja melhor que ontem, e amanhã melhor do que hoje.
Ps editei o texto porque não sei como até me esqueci dos sustos com a minha cadela, bem como o isolamento que precisei para processar os acontecimentos.
Que semana, mês, ano. Ultimato para 2016: ou te decides a melhorar ou faço greve e só falo com 2017. Já não chegou tudo o resto? O fisco quer esclarecimentos que não me deve querer pagar, embora o reembolso nem os milhares que gastei em saúde compense. A vizinha, que vem cá duas vezes por ano visitar a mãe por meia horita, e aceita a minha ajuda para lhe empurrar o carro, viu o meu no lugar dela, a única vez que aconteceu este ano, e por pouco, que Ele saiu à pressa para uma reunião às 20 horas, decidiu chamar a polícia por tal grave crime, subir ao meu andar e bater à puta da porta é que não,. O microondas avariou. Eu, depois de uma TAC e porque ando com hipotensão saí de lá abananada e deixei cair os óculos, riscando-os, agora tenho um risco mesmo no centro do olho. Pó caralho, 2016.
Começo de um mês fresquinho. Como é? Já desfizeram essas árvores de natal? E as resoluções de ano novo? Vão para a arrecadação junto com a árvore? Este Janeiro a mim pareceu-me que teve 45 dias, ainda bem que já terminou.
Pronto, e lá me rendi à agenda Mr Wonderful, chorei-me que era cara, e é, mas é gira e quero mesmo pensamentos positivos para este ano, acho que isto ajuda. Tem muitas coisas giras, tem autocolantes e espero mesmo não desistir de a usar. É um pouco grande para andar na carteira, não será para andar com ela todos os dias, mas tem um saquinho de transporte para não se estragar. Já a levei a passear ontem comigo, espero que seja uma boa companhia para um bom ano.
Confessem lá, já estão fartos de dizer/ ouvir bom ano?
Eu mudaria para bom mês, porque acho que reagimos todos melhor a metas mais curtas. As contas são mensais, os ordenados também. Vá lá, a experimentar, a cada dia 1, e no máximo até ao dia 2, bom mês.
Ou melhor, no dia de receber: "may the odds be ever in your favor"
Ou sobre as resoluções de ano novo. Embora tenhamos feito da passagem do ano um ritual, que nos permite ou då ilusão de fecho de um ciclo e abertura de um novo, nada muda magicamente com as badaladas. Nós agrupamos o tempo num ano, numa volta completa à nossa estrela, mas o que faz um ano mau? Um mau acontecimento, um mês muito mau? A partir de quantos meses mau o ano foi mau? Na passagem do ano, o que muda essencialmente é o calendário, porque as nossas mudanças interiores, mudanças de paradigma, de hábitos, são ténues e imperceptíveis diariamente. Vamos mudando e um dia acordamos outros. Essas mudanças são feitas de avanços e de recuos até que um dia o recuo já não altera os pequenos passos em frente dados até então. Por isso as pessoas em fevereiro desesperam e abandonam as resoluções. São frases bonitas e objectivos irrealistas na maior parte que contam com mudançaa drásticas que são difíceis de manter. Já as fiz muitas vezes, não com a mudança do ano, mas para mim própria, a partir de hoje não faço mais x, ou faço sempre y. E mantenho durante 15 dias ou um mês, até que falho uma vez e retrocedo nas resoluções. A luta é diária e ter dias nãos tem de ser esperado, dias nos quais nada de especial se passa mas nos assalta a falta de vontade ou desânimo. Nesses dias abraçamos o mau humor, recolhemos em casa, colocamos um carapuço, enrolamos no sofá e bebemos chá e não fazemos nada. No dia a seguir inspiramos fundo e voltamos a ver o objectivo, fisicamente ou idealizado na nossa cabeça e recomeçamos no ponto anterior à quebra.
Só quero uma coisa. Quer dizer quero muitas. Mas se só tiver direito a uma fico satisfeita, eternamente agradecida, e preenchida só com isso que me foi negado este ano. Este ano deu muita perspectiva sobre muita coisa. Fiquei surpreendida com a minha força perante algumas situações e finalmente consegui crescer qualquer coisa. Assimilei muita coisa e fiz as pazes tanto com coisas antigas como com o que me aconteceu particularmente. Ainda sou obstinada, intempestiva, determinada mas já me consigo distanciar e medir o esforço, e já consegui deixar de travar lutas que não eram minhas. É um dos meus problemas, lidar muito mal com injustiças e puxar para mim lutas que não são minhas e prejudicar-me por outros que incitam e depois se escondem para ficarem de bem com toda a gente. E depois eu é que sou chata e conflituosa. Parei de o ser e ainda discutiram comigo depois disso porque não ajudei e não resolvi disputas que não eram minhas, estavam muito mal habituados. Fechei o ano calma, resolvida e a voltar a afirmar isto, contem comigo para dizer que sim, mas não contem comigo novamente para começar, organizar e me queimar pelo bem de todos. Essa nervosinha está em hibernação, se não a tiverem matado de vez, que é o mais certo, porque não me fez bem fisicamente tantos anos disso. Neste ano já deixei de aceitar coisas simples, eu não faço nada que não gostava que me fizessem, ou pelo menos tento. É altura de olhar por mim e pelos meus. Venha 2016, estou pronta. Desejo o dobro que me desejam a mim, sinceramente. Que o melhor de 2015 seja o pior de 2016. Que vos traga o que desejam.
Partilho do mesmo sentimento; a primeira vez que a...
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