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Nervoso Miudinho

blog humorístico (esperemos) sobre tudo e mais frequentemente sobre nada

05
Out16

Fiz um bolo

nervosomiudinho.blogs.sapo.pt

De red velvet. Não tinha corante alimentar. Portanto o meu red velvet nem cor de rosa ficou. Ainda peguei em beterraba e coloquei ao lume e extraí uma corzita. Mas aqui a inventora da cozinha esqueceu-se de ver se tinha farinha. Portanto o meu bolo foi feito com farinha integral, e por isso a cor não deve ter pegado. Ahhhhh, close enough, quero lá saber, vou considerar um êxito. Assim comássim está mais saudável qualquer coisa porque a cobertura de queijo creme,  toda ela,  é uma facada na dieta.  

23
Mai16

Eu é mais bolos

nervosomiudinho.blogs.sapo.pt

Aos domingos, religiosamente, moía a paciência da minha mãe para fazermos um bolo. A minha santa mãe só queria descansar um pouco, e eu, adolescente, cheia de energia, queria ir para a cozinha. Quem atura adolescente devia ter direito a uma prenda no final. Uma viagem, para celebrar a proeza de não os estrangular. Se a adolescência é difícil para os próprios, para os que estão à volta, é doloroso. Adiante. 

- maaaaaaaaaaaaae, vamos fazer um bolo. Ó mãaaaaaaaaaaae. Lá melvava até ao sim.

image.jpg

 

O exercício seguinte.

- vai escolher uma receita.

Lá ia eu ao mega livro, o tesouro das cozinheiras. Duas vezes uma lista telefónica. Isto para os mais novos. Na era pré Google, as receitas estavam nestes livros, e na colecção pessoal de cada um, às vezes livros, outras vezes receitas copiadas de alguém, numa qualquer folha A 4. Estranho, como agora, bastam uns cliques e há receitas para todos os gostos e feitios na internet. 

- fazemos esta? 

- não temos x ingrediente. 

- e esta? 

- não temos Y ingrediente.

- e esta? 

- isso é muito complicado. 

- e esta? 

- não temos essa forma. 

Vamos fazer um bolo mármore. 

Este exercício multiplicou-se centenas de vezes. Queria sempre fazer alguma coisa esquisita e invariavelmente acabava a fazer bolo mármore.

O meu irmão não queria fazer parte de nada, a não ser comer os restos da massa colados ao recipiente. 

Saí de casa. De repente recebia mensagens, e fotografias da minha mãe. "Anda cá buscar uma fatia; fiz isto, anda provar" 

 

Ele era bolos de tudo, alfarroba, laranja, iogurte, todas as formas e feitios, bolos-pudim, molotof, tartes, tortas, tortas recheadas, rosas de maçã, salames, croissants, mousses, e salgados, bôlas, pão, e nem me estou a lembrar de metade. 

 

Conclusão: o problema era eu. 

 

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