Eu não digo que todo o coração partido da origem a franja, mas quase toda a franja significa um coração partido.
A ver, como diz a Saracasticamente, nem sempre é franja, pode ser a madeixa marota, noutros tempos foi a permanente (pausa para carpirmos as más permanentes dos anos oitenta), pode ser um escadeado cheio de movimento, um bob super actual, um corte, uma coloração. Nada está mais directamente ligado com o coração do que o cabelo. Um bom corte eleva-nos a auto-estima e devolve-nos o orgulho, outrora ferido. É a minha convicção.
Sou uma firme crente de que uma mulher depois de experenciar um desgosto amoroso muda de penteado e faz franjas.
Após anos de observação empírica digo, com confiança de 95% que, 99% das franjas são a manifestação capilar de um desgosto amoroso. É um tiro no escuro, tanto fica muito bem, como ficamos com aquele ar de miúda que ainda devia estar a saltar ao elástico nos intervalos. E depois há o arrependimento imediato por causa do trabalho extra, que nem pensem em não usar a prancha ou secador todos os dias, esticam a franja movidas pelo ódio ao gajo que levou às tesouradas frenéticas da cabeleireira. Retiramos deste estudo, como é óbvio, as franjas regulares, aquelas mulheres que são efectivamente fãs do penteado e recorrem a ele com frequência. Estamos aqui a falar daquela franja espontânea, que não fazemos desde o penteado Beatriz Costa imposto pela maioria das mães durante a escola primária.
Já fiz testes, claro, que isto do método científico não se brinca. Já fui falar com uma amiga com quem não falava há algum tempo e por actualização de foto vi a marota da franja e acertei em cheio no desgosto amoroso. Quando vejo uma franja imagino logo o sofrimento debaixo da frente pilosa e ofereço logo um like no facebook, porque essa pessoa precisa de conforto.
Partilho do mesmo sentimento; a primeira vez que a...
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