O meu desencantamento pelo mundo da investigação tem inúmeras razões. Precariedade, falta de meritocracia, pressão para produzir e publicar artigos, caça às bolsas de investigação, e mais grave: a quantidade de estudos científicos que se vê publicados com uma falta de controlo nas variáveis gritante, para além de generalizações e conclusões absolutamente erradas. Hoje, foi este, claramente sexista. Que ridículo, subjectivo e patriarcal: cesarianas aumentam, mulheres com anca estreita que morreriam no parto e não perpetuariam os genes, agora conseguem através da cesariana. Querem mais: uso de viagra está a condicionar a evolução, homens que não conseguiriam levantá-lo doutra forma para perpetuar os seus genes estão há anos a conseguir através do uso do viagra. Fertilização in vitro, e por aí adiante. Antiabeticos orais e insulina, pessoas que morreriam na infância conseguem viver vidas plenas e perpetuar os seus genes. Quimioterapia, pessoas com uma esperança média de vida de meses após diagnóstico, através da quimioterapia conseguem ultrapassar a doença, ter filhos e ter uma sobrevida aos cinco anos acima de 70% em alguns cancros. Pelo amor da santa. Tanto estudo encomendado, mal feito, mal citado, que vai fazer ruir o conhecimento científico. A quantidade de estudo não reproduzíveis já está num máximo histórico. Cansa-me.
Estive esparramada no sofá a tarde toda. Não foi muito, tendo em conta que acordei e já passava da uma. Da perspectiva formal estive quietinha no sofá, na perspectiva macro, a terra roda sobre si própria, move-se à volta do Sol a 1600 km/h, o sistema solar move-se na galáxia, a via láctea está em movimento pelo universo, e o universo está a expandir-se, por isso bem vistas as coisas parada consegui mexer-me milhares de quilómetros.
É um fenómeno engraçado. Surge mesmo quando a experiência anterior e todas as fibras do corpo nos indicam na direcção contrária. Quando julgamos que não há espaço para ela, o buraco de um alfinete é suficiente para se instalar e se sobrepor a tudo o resto. A gestão de expectativas é delicada. Alguns voltam-se para a experiência religiosa, o famoso milagre. Outros, sabendo que ciência e medicina lidam com fenómenos probabilísticos esperam ser o 1% ou 2%. A sensação quando não se é o 1% de sucesso inesperado mas não se é a outra percentagem de insucesso é uma felicidade incompleta, à conta da esperança. Deram-nos um gelado muito bom, mas só demos três ou quatro lambidelas antes de cair ao chão.
A espécie é Elasmotherium sibiricum, da família dos rinocerontes. Foi encontrado o fóssil no Cazaquistão e extinguiu-se há 29 mil anos, e por isso é nosso contemporâneo o que explica que o mito tenha perdurado até aos nossos dias. Na Antiga Grécia viam o unicórnio como um ser real cujo corno tinha poderes curativos. (Vou-me abster de falar nas propriedades curativas e esses mitos que estão a levar tantas espécies à extinção) Adoro ciência!
Ontem, numa compra de impulso, comprei as leituras deste mês. Ando sempre a espreitar por temas interessantes e que adicionem qualquer coisa ao meu conhecimento e ontem encontrei temas que vão ao encontro do meu gosto.
Marie Skłodowska Curie nasceu em Varsóvia a 7 de novembro de 1867 e foi a pioneira no ramo da radioatividade. Foi-lhe inicialmente negado o direito a ingressar na faculdade, por ser mulher. Foi a primeira mulher a ser laureada com um Prémio Nobel e é, ainda hoje, a única pessoa com dois prémios Nobel em dois ramos de ciência distintas, Física e Química. Marie Curie foi a primeira mulher a ser admitida como professora na Universidade de Paris. Em 1903, Marie dividiu o Nobel de Física com o seu marido Pierre Curie e o físico Henri Becquerel, o marido enfatizou que grande parte do trabalho foi realizado por ela.
As conquistas de Marie incluem a teoria da radioatividade, técnicas para isolar isótopos radioativos e a descoberta de dois elementos, o polônio (homenagem à Polónia, onde nasceu) e o rádio. Marie Curie morreu aos 66 anos devido a anemia causada pela exposição a radiação ao carregar testes de rádio em seus bolsos durante a pesquisa e ao longo de seu serviço na Primeira Guerra, quando montou unidades móveis de raio-X.
E colocar na posição que lhe é devida... Nikola Tesla. Ah, tu estás bem mulher? Não estarias a falar da coleção balmain da H&M, de alguma blogger superpoderosa? Primeiro, muito bem não estarei porque estou aqui com uma dissociação de personalidade a perguntar e a responder a mim própria.
E não.
Continuo e não planear acordar de madrugada, ou ir para uma fila, ou distribuir cotoveladas por causa de roupa. Dava de bom grado algumas de forma gratuita mas era a algumas pessoas que conheço.
Estava a falar do Tesla. Que continua a doer um homem tão brilhante e que a história e o mundo se esteja nas tintas. Apanhei esta semana um excerto sobre ele e voltei a colar na história do homem que inventou a corrente alternada, entre tantas outras coisas como controlo remotos e luz neon.
Este homem inventou o mundo moderno! Nobel? Já esteve o Hitler mais perto do Nobel da paz e este homem a quem devemos tudo nicles. Ele inventou tudo e os outros é que capitalizaram as invenções dele. Edison? Esse cromo americano inventou a lâmpada, mas com corrente directa como ele queria não dava em nada. Marconi? Quem inventou a rádio foi o Tesla.
Nikola Tesla queria inventar electricidade sem fios e gratuita para toda a gente, mas J.P. Morgan retirou o investimento e esteve perto de o fazer. Processem esta informação.
Partilho do mesmo sentimento; a primeira vez que a...
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