E se fosse eu?
Bom, isto é um exercício com dois lados. O puramente prático: medicamentos, kit primeiros socorros, lanterna, isqueiro, canivete, conservas, muitas conservas, água, saco cama, roupa, impermeáveis, conservas, caderno, caneta, tenda, telemovel, carregador.
Depois o lado onde começa a impossibilidade de manter a racionalidade e onde o exercício se perde. Deixar tudo. Amigos, casa, tudo o que levou uma vida a construir. Objectos de maior valor, para trocar. Os albuns de fotografias, não os conseguiria deixar para trás. Se os recentes cabem num disco externo, os antigos pesam. E pesam porque ali está uma vida, muitas vidas que já cá não estão. E aí paro porque não quero pensar mais nisto. Porque poderia não ter tempo para reunir nada disto, porque reunir a família era a única prioridade. Depois, fugir para onde? Se fosse a Europa em guerra e tivesse de fugir para aqueles países onde a vida da mulher vale menos que o capricho de um familiar ou duma polícia religiosa. Não, prefiro passar à frente o exercício e deixar o teste em branco.