Sou uma romântica #2
Nunca jantei fora de casa no dia dos namorados.
Um restaurante todo cheio de coraçõezinhos, ementas alusivas e toda a gente a fazer a mesma coisa à mesma hora é coisa para me dar vómitos.
Nunca postei uma fotografia do meu jantar, da decoração, das velinhas, das prendas e afins nas redes sociais. Chamem-me esquisita, mas não gosto de anunciar ao mundo a minha intimidade: "ó pra mim, hoje vou fazer sexo".
O ano passado antecipamos essa celebração, e até fizemos uma escapadinha em Alfândega da Fé, não propriamente pelo dia dos namorados, mas porque quisemos aproveitar a promoção odisseias, no ano anterior apresentei um artigo num congresso e cheguei tarde e cansada e ele também por isso adiamos a celebração.
Lamento, mas estes dias comerciais e de braços de ferro, de quem é mais romântico do que quem passam-me ao lado. A pressão das prendas, o exagero das prendas. Há um tempo e um lugar para tudo e chamo-lhe adolescência.
No dia dos namorados não é o único dia do ano que como à luz das velas, que tenho um cocktail à espera do rapaz quando ele chega a casa e vice-versa.