Nervoso Miudinho

Memória

Na segunda feira revi o pai tirano na RTP memória. Adoro os filmes portugueses. Ainda sei as falas de cor. Pai Tirano, Aniki Bobo (sei as cantigas de cor) , Patio das Cantigas, são os meus preferidos. Tatão,  tatão, o esternocleidomastoideu, se eu fosse muito rico comprava a escola.   Companhia em dias de chuva, em doenças de criança, em dias cinzentos. Trazem cheiros à memória,  partes de dias felizes,  onde quase ninguém ainda tinha partido. Uma inocência e uma quase despreocupação que não regressa. Café com leite,  pão quente, chá e pão com manteiga, cheiros que me transportam,  odores que me confortam.  Por isso me recuso a ver remakes. Assumo o meu papel de velha do Restelo. Gosto deles pela época, pela história,  por tudo. Não quero sequer estragar as imagens que tenho de grandes vultos da nossa história com isto que fizeram.

publicado às 10:49

O problema dos homens

Alguns. Vá. O título tem como objectivo pescar leitores que aqui as contas não se pagam sozinhas. Kidding. 

Estava eu a dizer, o problema de muitos homens, e algumas mulheres em termos de memória é o seguinte.

O meu excelso namorado esquece-se de tudo. Às vezes chega, falamos do jantar, e passado 15 minutos apagou literalmente tudo o que dissemos. É muito mais feliz do que eu. Pequenas coisas são novidade para ele. Tudo, diria mais. Oh, que doce vida. Coloquei via verde no carro, falamos antes, durante e depois. Hoje diz-me, vamos ter de parar na portagem. Digo eu, eu tenho via verde, e a cara dele ilumina-se com a novidade, enquanto eu digo a frase repetida à exaustão, "já falámos sobre isso".

Terei leitores versados nas artes informáticas?

Fazendo uma analogia informática: ele tem memória RAM enquanto que eu tenho o disco duro do computador, com capacidade de um terabyte. Ele apaga informação por rotina enquanto que eu a armazeno indefinidamente. 

publicado às 10:55