Pessoas que se colam a nós nas filas
Bom, teria aqui uma pequena dissertação acerca deste tema. Um dos meus pet peeves essenciais, um ódiozinho de estimação.
Depois de duas idas a bancos diferentes, uma farmácia e as habituais idas ao supermercado, os níveis de irritação atingiram picos.
Quando me apercebo das pessoas a chegar à fila, já topo quem são aqueles que vão estar a 15 cm de mim nas filas do continente! Porquê, pessoas? Porquê?
Querem cheirar-me o cangote? Acham que eu me vou andar mais 2 centímetros? Eu ando esses 2 cm para ver se eles se tocam e... eles tornam a colar-se a mim! Ao ponto de roçarem baterem na minha carteira e de eu sentir odores pessoais...
O que é que vocês querem? Querem ver o meu código pessoal?
Alguém, um dia, terá de se debruçar sobre esta calamidade que se abate sobre nós! Lembro-me de estudar em psicologia o conceito de espaço íntimo! O espaço social é UM metro, acho eu. Tese de doutoramento: "Implicações éticas, morais e sócio-económicas do fenómeno do indivíduo que se cola ao próximo na fila", e depois iam e estudavam o indivíduo no seu habitat natural, a fila do continente e chegavam à força que os motiva e à falta fundamental de uma chapada no momento decisivo seguida de um "pára com essa merda que isso irrita".
Porque se no continente me irrita, na farmácia ou no banco quase me dá um piripaque nervoso e sou obrigada a falar para estas pessoas. Numa farmácia ou num banco há informações privadas! Eu quero lá saber se a pessoa ao meu lado precisa dum lubrificante específico ou tem uma gonorreia terrível! É que nem com a linha vermelha a malta lá vai. "O horror, o drama, a tragédia!"
Tenho um sonho há uns anos, de haver uma polícia dos bons costumes, mas em bom. Nada de SS, nem de PIDES, nada político nem discriminatório. Só alguém que viesse dar duas ou três chapadas nestas pessoas e noutras tantas situações que me irritam. Entretanto, a semana passada numa reposição do gato fedorento vi um sketch com exactamente isto! E pensei, vou escrever um blog!