Jantar de natal do trabalho
- Então, o jantar de natal deste ano, que dizes Nervosinha?
- awwwww, não vou poder ir, que pena...
- mas ainda não escolhermos a data nem o sítio...
- errrr, pois...
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- Então, o jantar de natal deste ano, que dizes Nervosinha?
- awwwww, não vou poder ir, que pena...
- mas ainda não escolhermos a data nem o sítio...
- errrr, pois...
Insistir na educação e respeito. Recusar compadrios. Exigir a todos sem excepção rigor nas tarefas. Acima de tudo o rigor. Praticar isenção. Travar abusos. Tenho mau feitio, com orgulho.
Um sindicato é a versão 2.0 dum partido político. Uma especie de político do proletariado. Em tempos tiraram uma licenciatura, exerceram, e brincaram às carreiras durante um anito ou dois. Tudo (que é muito pouco) foram eles que tiraram a ferros. Pese embora seja a classe profissional a fazer greve e perder dinheiro e paciência nos mínimos. Prometem, e prometem, e não fazem bolha. querem indignar-se, porque sentem as nossas dores, ou vá, há quinze anos sentiram uma leve moideira na moleirinha portanto sabem a dor de dentes com quisto e resistente a analgésicos que estamos a sentir. Fazem reuniões, oh, o sindicato vive e respira para as reuniões, avançam dois passinhos de bebé, dão palmadinhas nas costas uns dos outros e vai comemorar numas tainadas pagam pelos associados. Meter os butes no terreno ou voltar ao trabalho tá queto. Trabalharam muito para agarrar o tacho do sindicato e vão morrer lá, com a satisfação de ter enterrado milhares.
Para património acima de 500 mil euros: Estou fartinha da sobretaxa que pago mensalmente há seis anos. Estou fartinha da perda de rendimento acima de três mil euros anuais há seis anos. Estou fartinha de não ter subsídio de natal. Estou fartinha de não receber para a minha função e responsabilidade. Estou fartinha de ter risco para a minha saúde e não ser compensada como é de lei.
Pois. Só disse isso porque não trabalha aqui.
Estou completamente enjoada da internet e da perseguição aos funcionários públicos.
Ontem li o post de destaque do 31 da armada, sobre horários de funcionamento e fiquei irritada. Com o post, no caso, que não percebe que não tem razão, mas falando em funcionários públicos tem logo acérrimos defensores a insultar os ditos funcionários públicos. No público como no privado o horário de funcionamento nunca pode ser o horário dos funcionários. Senão o resultado é chegar mais cedo todos os dias e sair tarde invariavelmente todos os dias também gratuitamente. O que pode chegar a meia hora ou mais todos os dias, o que em contas grosseiras em 40 anos de trabalho são 200 dias de trabalho gratuito, quando é perfeitamente expectável que as pessoas não consigam sair à hora proposta. Isto não são horas extraordinárias, uma hora extraordinária, é quando não está planeado e por força maior para acabar um trabalho se tem de prolongar, quando é todos os dias já é ridículo. E quantos casos conheço eu assim, aqui a questão devia ser acabar com isto, no público como no privado.
Que fique claro, tenho um contrato individual de trabalho, não sou funcionária pública, embora sofra os cortes deles, o que ainda chateia mais. Todos os deveres e nenhum dos direitos. Tive alguns contratos de 6 meses, fingiam que despediam, dois dias em casa e voltava para mais 6 meses. Depois disso contratos de um ano até ficar por tempo indeterminado. Trabalho as 40 horas com um base calculado para 35 horas. Se me chateia a conversa das 35 horas, chateia imenso. Os privilégios todos? Ainda mais, a rebaldaria que era só aparecer e ser promovido? Nem imaginam como. Não imaginam como me chateia a falta de gestão e as demasiadas chefias intermédias no público e a burocracia, a falta de consequências para ingerências e ineficácia. Não imaginam mesmo a irritação com o público, mas sei ver o que é exagerado e quando não tenho razão.
Os meus turnos estão à margem da lei, porque saio as 22 horas e entro no seguinte às 8 horas, isto não é legal. Perdi a conta ao números de folgas que não pude gozar, sim não recebo horas extra há muitos, muitos anos. Trabalho ao domingo e com sorte folgo numa quarta feira, isto se puder. Quantas e quantas vezes trabalhei 12 dias seguidos sem folga. Condições de trabalho? Gostava muito de as ter.
Mas funcionários públicos são bem mais do que segurança social, os funcionários públicos podem funcionar em regime de turnos e trabalhar de 1 de janeiro a 31 de dezembro
Devíamos ter todos esses direitos, e desenganem-se não faltam profissões com muito mais regalias. Lutar para 35 horas para toda a gente, mas o governo soube colocar os trabalhadores uns contra os outros, dividir para reinar.
As medidas políticas não surtiram efeito nenhum no sistema, só colocará, todos num mesmo saco. O funcionário que desistiu e não traz nada de novo mas ganha 1500 euros só porque trabalha há 20 anos, e um jovem empreendedor que estuda e trabalha no duro, se forma, mas está congelado nos 800. É muito pior parar 10 anos no salário de base do que parar 8 anos a meio ou no topo da tabela e ganhar 1500.
Esperei em vão por políticas que viessem melhorar o sistema, e trazer igualdade, e igualar os direitos é por cima e não por baixo. Devíamos ter todos mais segurança e melhores ordenados, e o sistema criou mais precários e meteu todos os funcionários públicos num mesmo saco de incompetentes e que ganham de mais para o que fazem, quando foi o estado que lhes deu e agora os esta a penalizar e tornar alvo para distrair uns e outros.
A minha atitude perante a minha vida profissional é séria. Quer isto dizer, que chego sempre ou quase sempre mais cedo do que a hora de entrada, tomo o meu café em tempo pessoal, gosto de começar o dia sem pressas e sem atrasos. Saio muitas vezes depois da hora sem problemas. Faltar, em 10 anos só em ultimo caso, só de atestado mesmo, e foram meia dúzia de vezes, cirurgias, um problema oftalmológico grave, uma gripe A, dois acidentes de trabalho com culpa alheia sempre de coisas sem o meu conhecimento sequer, e umas coisas mais ou menos graves o ano passado. Nunca houve aquela coisa do adormeci ou passei mal a noite, ou não dormi nada. Durmo muito mal muitas vezes, quando adormeço corto esquinas, ou não como, ou prendo o cabelo e acelero. Invisto tempo e dinheiro na minha formação, bastante, demasiado pensando que ganho hoje menos do que quando entrei e nunca subi, tão pouco recebo na média dos licenciados e tenho um mestrado. Estou sempre pronta para trabalho extra, sempre o fiz pese embora a falta de reconhecimento, a necessidade dos meus colegas chegava para eu fazer as coisas por iniciativa própria. Nunca falhei um pedido de sugestões, fora as sugestões por iniciativa própria que dei e todas as coisas que faço sem o mínimo de reconhecimento. Fora as sugestões aceites sem feedback a mim que o sugeri e executadas por outros, como se estivesse maluca, claro que ainda há duas ou três pessoas íntegras que fazem questão de mencionar a proveniência da ideia, pelo menos assim sei que não estava a alucinar. Claro que um possível erro, dá direito a chamada de atenção, sem verificações nenhumas e afinal não era erro nenhum e depois não se emenda nem corrige quem levanta suspeitas. Tive o azar de começar a vida profissional nesta crise, e emigrar nunca foi uma opção seria para mim, tenho aqui a minha família e sou muito apegada. Tudo isto porque estou doente em casa e ontem falhei uma reunião importante e isso me pesa um bocado como se tivesse falhado.
De cada vez que acho que as pessoas não podem mostrar mais mesquinhez, eis que no mundo profissional lá vem uma novidade, digamos, engraçada. Acho que já mencionei casualmente que não gosto de pessoas.
Razão número 457 para não gostar de pessoas. Lá por vocês mentirem e aldrabarem e serem umas pobres desculpas de pessoas não quer dizer que nos meçamos pelo mesmo. Só me vão dar algum trabalho e acabar a engolir mais uma, sem me perturbar a paz de espírito que preciso neste momento.
Este Janeiro não tem maneira de acabar e nunca mais chega Março, raio de ano bissexto que ainda me adiciona um dia a um mês que preciso que passe a voar.
Não vou ao jantar da empresa. Para mim o natal não é pano de fundo para teatro nem hipocrisia. Tento pautar o meu comportamento pela coerência entre outros valores. Sempre me disseram que o exemplo vem de cima. Chefia nem sempre é liderança.Se as pessoas são mesquinhas, incorrectas e promovem mau ambiente não podem sair impunes. Entre outras formas esta é uma muito boa para mostar descontentamento. A percentagem que vai ao jantar é 20%, portanto nem sou a única nem estou a exagerar. Que se lembrem da confraternização e dos outros valores nos outros 364 dias do ano.
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mau demais para ser verdade n é?
oláMuito obrigada e bem vinda:)bom, tem agora 4 an...
Bom dia 😊. Ao procurar opiniões sobre a Yammi depa...
https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT93565, ...
Partilho do mesmo sentimento; a primeira vez que a...