Já falei aqui no blog sobre o que penso acerca de tradições e como são o grande chapéu que querem à força que justifique o injustificável. Como se algo repetido à exaustão tornasse um comportamente justificável, só porque é força do hábito ou aspira a ser considerado cultura.
O que faz alguém ser completamente toldado no seu raciocínio mais básico, como se perde todo o bom senso para se perpetuar algo que instintivamente deveríamos saber ser errado.
O conhecimento está mais ao nosso dispor do que nunca, à distância de um clique do smartphone, o que ignorava há 50 anos agora não se pode alegar desconhecer. Sinto vergonha de tudo isto.
Caça às bruxas (sim, ainda existem países no mundo que ainda queimam mulheres por alegadas bruxarias)
Escravatura, sim também ainda existe porque também ainda está enraizado em muitas culturas
Canibalismo
Sacrifícios humanos
Execuções públicas
Mutilação genital feminina
Casamentos arranjados
Sistemas de castas
Casamentos com menores, com irmãos, etc
Bound feet (o costume chinês de ligar os pés, deformando e partindo os ossos para ficarem com os pés pequenos)
Tourada
Queima do gato
Tortura e comer cães, yuli festival da China
Portanto, o argumento da tradição esgota-se por si próprio, é bacoco e nem diz nada de facto.
Dependendo da civilização há costumes aceites ou não, cabe a cada um de nós como parte da sociedade com o máximo histórico de informação ao seu dispor de se actualizar e acabar com a dor causada entre nós e aos animais. Se mexe com o bolso de muita gente? Pois claro, quando há costumes há sempre um mercado para o satisfazer, mas nada se faz não mexendo nisso. Já se foi banindo muitos costumes e tradições, muito há ainda por fazer. Tenho a sorte de ter nascido em Portugal, poder estudar, votar, casar ou não com quem me apetecer. Cada vez que defendam a tradição por tradição, agradeçam ter nascido numa cultura que vos permita a vocês mulheres irem sozinhas a uma tourada e não se estarem a contorcer de dor por vos ter sido cortado o clítoris.
Partilho do mesmo sentimento; a primeira vez que a...
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