Trump não reverteu a decisão de separar famílias ontem. importa ler as linhas pequenas. Na ordem executiva que assinou diz que as famílias são mantidas juntas se houver capacidade logística para. Tembem cria um vazio legal quanto à duração de tempo em que são mantidos presos a aguardar resposta aos pedidos de asilo. Também não não faz referência a qualquer esforço para reunir as famílias que separou. É opinião de antigos directivas da ICE que muito dificilmente se conseguirão reunir famílias e que o mais provável é ficarem perdidas no sistema.
Vamos lá ver segundo o próprio, não foi ele que criou esta política, estava de mãos atadas e que só o congresso e os democratas podiam reverter o que eles próprios criaram mas que não estando no poder e tendo os republicanos controlo, da Senado e do congresso e casa branca neste momento e tendo entrado em efeito em maio, e até segundo NIelsen, a política nem sequer existia. Como reverteu ele algo que não existia e não podia reverter? Mais, está a tentar posicionar-se como Salvador de uma situação que ele criou. Como fez com a Coreia do Norte e o acordo vazio que assinou com Kim. Curiosamente depois duma reunião com os senadores republicanos em que foi vaiado, por ter gozado um que não conseguiu reeleição decidiu para com a separação das crianças.
Não vamos ter ilusões, não é tão mau como separar crianças mas o que ele assinou é terrível, e se calhar até era o que queria fazer e começou por fazer algo pior e qualquer coisa melhor que isso soava a redenção. Não olhem para trump como pateta, é realmente inculto mas o que quer tem conseguido, estamos tão cansados com o choque do que ele diz e faz que se normalizou e foram precisos bebés serem arrancados às mães para o mundo acordar. Ele não desistiu do muro nem de retirar o ACA ( obamacare) e ainda não desistiu de se tornar um ditador.
e eu vi. Eu alertei aqui porque ele disse com palavras dele quem ele era, o que defendia, não faltavam trinta anos de provas de quem ele era e foi. Fui dura, pessimista, aliás realista e vi a ameaça. Não viu quem não quis. Racista, misógino, xenófobo, elitista, mentiroso. Ele mostrou, tinha orgulho nisso. Desvalorizaram porque quiseram, quiseram lhe dar uma oportunidade porque é homem branco e rico e porque na verdade se reviram nestas coisas. Quer tanto o seu muro que está a violar direitos humanos, e a Nações unidas está a condenar em sussuros em vez de o gritar. Iniciou um maio a política da tolerância zero e já separou 2000 crianças dos pais que pedem asilo de forma legal na fronteira com dois propósitos: desencentivar outros, e usar as crianças refens como para ter a sua lei assinada e o seu muro (que só serve como propaganda) construído. Bebés a mamar arrancados das mães. Estou enjoada e enojada com isto há dias e dias .
Edit: A lei foi assinada pelo Bush pai, em 92 se não estou em erro, não obriga a separar famílias e nenhuma administração a colocou em prática nestes termos por a considerar cruel, não me venham falar do Obama porque nem eu falei dele aqui nem o chamei de santo. Esta é uma política desta administração e foi assinada por Jeff Sessions a mando de Trump, iniciou em Maio e em seis semanas arrancaram-se 2000 crianças aos pais, foram separados e mantidos pelo país em armazéns, com o mínimo de condições, querem por crianças em tendas no Texas onde a temperatura excede os 40 graus. Esta política pode acabar como começou, por ordem de Trump, em 10 minutos. Todas as ex primeiras damas a condenaram, vários líderes religiosos, incluindo o Papa, a Aministia Internacional, o conselho de direitos humanos da ONU (ontem à noite os USA abanadonaram o conselho), várias associações de crianças alertam para o trauma irreversível, o Sessions tem 600 queixas na religião dele. Isto é uma crise fabricada para o execrável conseguir o muro que prometeu que seria o México a pagar. Quebrar a lei de entrada num país é uma ofensa leve, existem tribunais, e não acredito que tenho de vos dizer isto, vocês cujos comentários não aceitei, são crianças que estão a ser traumatizadas para a vida, antes dos pais serem processadas e julgadas. Vamos ser muito claros, a legalidade não define a moralidade: o apartheid foi legal, a escravatura foi legal, o holocausto foi legal.
Semana de muitas notícias. Más claro. A despenalização da violência doméstica na Rússia. É o amiguinho do Putin, o seu BFF, Trump que quer funerais obrigatórios para abortos espontâneos e tudo. Como só posso classificar isto com asneira da grossa e não consigo manter-me calma, nem quero aprofundar o tema. É a censura à ciência e impedimento das agências governamentais de informarem o público decretada por Trump. Mas ele não ia ser assim tão mau, lembro-me eu, a pessimista.
Que queriam dar uma oportunidade ao Trump, que não ia ser assim tão mau e que ele ia mudar ao saber que ganhou. Entretanto continuou no Twitter como uma criancinha mimada, narcisista e vingativo que é. A repetir os elogios que recebia e a insultar quem o criticava de forma legítima. A lutar com a imprensa. Inauguração. Discurso fraco e divisivo, populista e hipócrita. Todas as suas criações são da China, Mexico e Bangladesh e está ali a dizer que vai ser tudo manufacturado na América. Ele mete sobre a multidão. O secretário de imprensa da Casa Branca mente descaradamente ao público na primeira intervenção. A KellyAnn Conway continua a insistir na mentira. Chama-lhe factos alternativos, e ameaça cortar relações quando os repórteres notam a mentira e pedem explicações. Estão a tentar controlar a comunicação social livre. Isto não é maluquice, é estratégia. Que está a resultar. Se fazem isto numa coisa que seria tão insignificante e facilmente verificável, imaginem no resto. E porque é ainda mais grave? Porque há canais noticiosos que alinham na mentira, FOX News entre outros. Porquê? Os apoiantes cegos adoptam a mentira e ignoram os próprios olhos, numa grande teoria da conspiração. Os mais ignorantes deixam de seguir noticias e acham que nada pode ser comprovado. Enquanto apenas uma parte tenta lutar contra a mentira e se mantém informado. São estratégias ditatoriais. É propaganda.
"The party told you to reject the evidence of your eyes and ears. It was their final, most essential command... and if all others accepted the lie, which the party imposed, if all records told the same tale, then the lie passed into history and became truth" 1984 - George Orwell
Como a única pessoa que não gosta da roupa da Melania. Afastando do discurso que cita Bane do Batman e a frase a lembrar ideiais neo nazis, a Rússia a celebrar uma tomada de posse como se de um russo se tratasse, o website da casa Branca que já apagou tudo sobre direitos LGBT e mudanças climáticas. Esquecendo que sigo o Twitter dele que só me causa momentos WTF porque só cita elogios e começa discussões com vozes críticas, mente de forma compulsiva em coisas irrelevantes e toma crédito por coisas que não fez. Esquecendo tudo isso por momentos, com um esforço megalómano. Não gosto da Barbie azul cueca. Sapatos, luvas e casaco na mesma cor, a lembrar Jackie O num modelo de pessoas em que não vejo senão físico. Rouba discursos, teve uma naturalização americana tudo menos transparente, fala terrivelmente mal a língua para esposa de alguém que destrata imigrantes. E nem falo da gravata vermelha, a power tie, de três metros do cheeto cor de laranja.
Primeiro é fazer toda a gente achar que se é mais burro do que se é. Isto é instrumental. A segunda parte é propaganda. Frases curtas, repetidas à exaustão, que não precisam de ser verdade. Por fim. Desvio de atenção para questões menores. Trump Acaba de perder um mega julgamento por fraude, por uma universidade privada corrupta e transfere a atenção para outra coisa. Tweets múltiplos sobre o Saturday night live e sobre o musical Hamilton e o discurso educado que fizeram a Mike Pence. O mundo todo engole. A seguir ao boicote do Starbucks em que os apoiantes iam comprar produtos ao Starbucks com o nome dele. Quer um boicote ao show mais cobiçado do momento, esgotado por meses. Os apoiantes porque dá jeito, e os que se acham inteligentes seguem o rumo. Acabou de perder um processo, e diz que nunca perde nem faz acordos. Fez um acordo e aceitou culpabilidade por fraude e pagou 25 milhões e ninguém fala disso.
Sim, outra vez, cada notícia é pior do que a outra. Para aqueles que votaram no Trump apenas porque significava mudança, anti-sistema e que não era um político, conseguindo-o separar (não sei como) das barbaridades que dizia, estão a ter uma surpresa. Em boa verdade quem lhe desculpou falsos testemunhos, dar uma opinião e o seu contrário na mesma entrevista duas a três vezes, contradições várias Em debates de duas horas: diz as coisas, está gravado a dizê-las e no mesmo debate afirma que não disse nada. Desde que foi eleito metade dos tweets são para se queixar da liberdade de expressão e liberdade de imprensa, não são atitudes de alguém com responsabilidade e arcaboiço para presidente. Anda num amuo com o NEw York Times porque disse que mais países deviam ter armas nucleares e usá-las se preciso fosse e agora diz que não disse isso, está chateado porque o NYT está a cita-lo correctamente?! Com vídeos dele a dizer estas palavras. Quem lhe perdoou isto, em boa verdade não pode exigir integridade nem que ele cumpra promessas. Já retirou várias promessas do seu site, as mais sonantes, como banir todos os muçulmanos, não vai construir muro, já disse que não ia perseguir Hillary, que ia manter partes do Obamacare, escolheu lobbyistas para a equipa quando disse que lhes ia tirar poder, escolheu políticos corruptos e o mais do sistema possível, escolheu os três filhos, mesmo eles estando à frente das empresas dele, o que dá ares de nepotismo ao bom estilo ditador. Portanto está a ser mais político que os políticos. As escolhas dele incluem um homem que não acredita na teoria da evolução, que em boa verdade não é uma teoria, está mais do que provada, e continua a insistir no criacionismo, um vice presidente que já está a planear leis para ilegalizar aborto (se for legal em caso de violacao as mulheres vão tentar ser violadas - palavras dele), para acabar com a contracepção nos planos de saúde, que não acredita no aquecimento global (aliás nenhum deles acredita em alterações climáticas) nem que o tabaco tem implicação na saúde e morte, tem um supremacista branco, que tem um site de ódio e anti-semita. Fala-se em nomes como Chris Christie, Giulinani, Palin, gringrich, nomes o mais possível do estabilisment, o qual ele ia terminar. Sujeita-se à ira dos próprios apoiantes, e se ele cai, o vice-presidente é um pesadelo ainda maior. O pior que está a acontecer é a normalização do Trump, a comunicação social está a tentar dissociá-lo do que disse, as coisas que ele disse não podem ser ignoradas, até a nossa direita está a pintá-lo com novas cores. Não se deixem enganar, este homem cuspiu ódio durante mais de um ano, disse coisas gravíssimas, incitou ódio, tornou racismo, sexismo e xenofobia coisas normais que se dizem e fazem, e está a construir uma equipa com ideias e ideias medievais, não é normal e não pode ser. Os crimes de ódio estão como nunca e ele mostra-se surpreendido é ainda diz que SE estão a acontecer têm de parar. Responsabilização? Nenhuma.
Por favor leiam isto. Isto é que o está a acontecer nas primeiras 24 horas de presidência. Crianças... Crianças em infantários a atormentar outras crianças de minorias raciais... Pessoas a infligir violência em mulheres e minorias, a perguntarem a negros e hispânicos nos autocarros se não deviam estar na recta guarda no autocarro, como nos anos 50. A passarem por mulheres negras e a pararem carros para lhes dizer que o Trump as vai mandar de volta para África. Arrancarem hijabs da cabeça de mulheres, tentarem agarrar mulheres, literalmente grabbing them by the pussy.. Sabem, envolvi-me numa discussão nas redes sociais porque uma pessoa que conheço afirmou que os políticos são todos iguais e que Hillary ia ser tão má ou pior. Uma pessoa que tem família emigrada nos EUA. Para eles, nós portugueses somos hispânicos. Pessoas que nem sequer conseguem ver a ironia do que dizem. E pessoas que julgava com senso comum. Legitimizar discurso de ódio não se compara a mais nada. É o pior cenário possível. Foi esta ideia perigosa que a Hilary ia ser igual ao Trump que convenceu muita gente. Começo a concordar com Churchill.
Por curiosidade aqui está o mapa eleitoral das pessoas com idades entre 18-25 anos.
Partilho do mesmo sentimento; a primeira vez que a...
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