UM ANO!!! UM ANO DE AMOR INCONDICIONAL
O meu amor fez um ano! O amor do qual nasceu, esse já tem mais de sete. Mas este é um amor diferente. Um amor incondicional, máximo, bonito, que cresce a cada dia.
Perdi toda e qualquer noção de tempo com o nascimento do meu filho. Tenho dificuldade de me lembrar como era a minha vida sem ele. E que bom que é. O máximo que estive longe dele foram 10 horas.
Este mês ele deu outro salto, em dois meses cresceu 5 centímetros. Mais um dente: já vamos em 7.
Já temos gravado direitinho mamã e papá, e ouço as gravações várias vezes ao dia...
Sabe o que são os olhos, perguntamos e pisca-os várias vezes, também sae o que é o nariz, aponta com a parte de trás da mão quando perguntamos onde está o nariz. Tenta calçar as meias e sapatos, claro que não consegue, e quando desiste pousa-os em cima do pé: "close enough".
Aprendeu a palavra caca, sem que lha tenha ensinado propositadamente. Também diz "vá": anda sempre a fugir-nos e dizemos vá, volta para a sala, pelo que começa a fugir e vai a dizer vá pelo caminho. Está muito perto de andar sozinho, corre os móveis agarrado, já só precisa duma mão nossa para andar e fica uns segundos sem estar agarrado a nada em posição ronaldo-antes-de-um-livre; já dá uns passinhos tímidos quase "sozinho" connosco a agarrar a t-shirt nas costas. Repete palavras simples ou sons simples: em homenagem a Seinfeld repete yada yada yada. Repete pequenos sons de músicas. Faz os sons dele, às vezes parece um indiano a falar: dum, gli, gle, dê. Continua a adorar histórias, pede para lhe contarmos histórias e fica muito atento a ouvir. Repete gestos que significam palavras: digo muito grande e abre sempre os bracinhos. Provou açorda, feita com pão sem sal e gosta muito. Ao domingo continuo a deixar que coma regueifa, afinal de contas é portuense.
Tenho um menino muito bem disposto e lindíssimo, tem as mesmas feições desde o primeiro dia de vida, teve sempre feições definidas , não é o bebé típico (vamos já apostar aqui que se assim fosse ia achá-lo o mais lindo do mundo na mesma), mas a verdade é que foi sempre muito atento, olho bem aberto e sempre fez muita companhia e exigiu muita atenção e estímulo.
Temos muita sorte, agradeço que este pequeno nos tenha escolhido para o guiar na vida, espero estar sempre à altura. Tenho uma sorte incrível da quantidade de horas que passo com ele. Escolhi viver onde vivo porque considero que tempo perdido em trânsito e engarrafamentos é qualidade de vida desperdiçada. Demoro menos de 10 minutos até ao meu local de trabalho, o que me permite estar com o meu filho perto de seis horas, até à sua hora de dormir (21h). Na minha opinião o desafio consiste em aproveitar cada dia e lhe ir dando experiências novas e muito tempo de brincadeira. Não olhar para um filho como a lista de tarefas desse dia: trocar fraldas, banho, refeições mas sim olhar para essas coisas e aproveitar para o ensinar.
Contei-vos a odisseia do parto e o que levei na mala de maternidade.
O primeiro mês foi uma descoberta, e como vos disse foi a minha parte preferida: só existiamos nós, e nada mais interessava, estava tudo completamente disponível para ele e os seus horários.
Ao segundo mês já fiquei sozinha com ele, cheia de medo, mas correu tudo bem. Entretanto neste ano já estive mesmo um mês inteiro sozinha com o pequeno porque ele esteve fora para trabalho. Muito cansativo mas provou-me que consigo.
Ao terceiro mês veio o pico de crescimento e o bebé ganhou pilhas duracell, nem a mamar estava quieto, trepava por mim acima e apeteceu-me deixar de amamentar muitas vezes.
A amamentação foi difícil dos três aos seis meses, ele não parava quieto, ainda que sempre bem disposto, era difícil dar de mamar, tive que o fazer em pé a maioria das vezes. Aos cinco meses começou a sentar-se sozinho.
Aos seis meses veio o primeiro dente e pouco foi para a avó, e de repente a amamentação melhorou exponencialmente. Vinha cheio de vontade de mamar, e mamava vinte minutos quietinho mal chegava ao pé de mim. Foi de passarmos a estar algumas horas separados e acabou por ser muito mais fácil para mim e me dar descanso durante a amamentação.
Aos sete meses descobriu os polegares e começou a usá-los nos objectos que já rodava desde os 4 e batia um no outro desde os 5 meses. Também começou a usar os dentitos para me trincar...
Logo no início dos oito meses (fim dos 7/início dos 8) começou as primeiras palavras: olá e mamã. Também aprendeu o não (com algumas birrinhas) e começou a levantar-se sozinho e a pedir colo, foi um mês em grande.
Aos nove meses começou a fazer as coisas a pedido: as palmas e o adeus que aprendeu aos 6 meses. Aliás ao acordar já batia palmas de feliz. Felizmente sempre nos acordou bem disposto.
Aos 10 meses começou a dar turrinhas, saltar, dançar, fazer cavalinho, começou a dizer ai-ai-ai-ai e foi quando começou a gatinhar.
Aos 11 meses começou a caminhar agarrado a móveis sozinho, andar em volta da sala entre gatinhar e andar. Adora histórias e ajuda a vestir-se.